terça-feira, 12 de novembro de 2013

Resumo Filosofia 3º médio Informática 2013 (3º trim)

Aula 1. A Fenomenologia.

• Corrente de pensamento que surgiu no início do século XX, propõe o estudo dos fenômenos da consciência ( percepção, imaginação, memória,…)

• A realidade é apenas um dos modos como o objeto pode ser um dado à consciência . ( pode ser percebido, pensado, simbolizado, amado,…).

• Aa fenomenologia faz a análise da consciência na sua Intencionalidade, ou seja, consciência é sempre consciência DE… algo ou alguém. Nunca somos neutros, ao conhecermos algo, nosso ato de conhecer já está carregado de intenções (percepção, imaginação, memória, afeto,…).

• Principal nome: Edmund Husserl (Judeu tcheco, 1859 – 1938), Matemático e filósofo.

o Obras: Filosofia da aritmética, Investigações lógicas, Fenomenologia pura,…
o Propõe a epoché, ou seja, a suspensão do juízo sobre a realidade, buscando eliminar a intenção ou interesse, tornando o conhecimento puro, tornamo-nos expectadores desinteressados do real.

A realidade é o conjunto de fenômenos, fatos determinados pela consciência do sujeito, ou seja, nós construímos a realidade.


Aula 2. O Existencialismo.

• Corrente filosófica surgida na Europa durante a segunda guerra mundial, tem por objetivo estudar a existência humana, o modo de ser do homem no mundo, questionar o valor da vida e da dignidade.

• Nomes:

o S. Kierkegaard (Dinamarca, 1813 – 1855): “O conceito de angústia.”
o M. Heidegger (Alemanha, 1889 – 1976): “Ser e tempo”.
o M. Merleau-Ponty (França, 1908 – 1961): “Fenomenologia da percepção”.
o J. Paul Sartre (França, 1905 – 1980): ‘ O ser e o nada”.

• A relação apontada do existencialismo com a fenomenologia diz respeito ao modo de ser no mundo,. Que é repleto de intencionalidade.

• Principais ideias:

o O ser humano é finito.
o A vida humana é sempre problemática.(incerteza quanto às possibilidades).
o Realçe aos aspectos negativos e destrutivos das possibilidades existenciais dos homens no mundo. (morte, doença, sofrimento, fracasso, loucura,…)



Jean-Paul Sartre ( França, 1905 – 1980)

• Destaca a necessidade do ser humano de buscar um sentido para a própria existência.

• Nas coisas, a existência precede a essência. (ideia que explica).

• Nas pessoas a existência precede a essência. ( os homens existem, estão aí, para depois construirem sua essência, seu projeto existencial).

• O ser humano está condenado a ser livre. ( o exercício da liberdade gera uma angústia da existência, devido a responsabilidade das pessoas sobre a própria vida, e a incapacidade de escolher certo dentre as várias possibilidades).

Aula 3. A Escola de Frankfurt.

• Um grupo de pensadores fundou em 1923 o “Instituto de pesquisa social” na Alemanha, com o objetivo de buscar explicações para as profundas transformações sociais ocorridas à época, dando ênfase aos aspectos culturais.

• Panorama histórico: Período de expansão do capitalismo monopolista e das idéias socialistas e totalitaristas, logo após a 1ª guerra mundial (1914-1918) e a revolução russa (1917-1922).

• Principais influências:
O marxismo em suas várias formas (análise das formas de domínio)
A psicanálise de Freud, (análise dos comportamentos).

• Nomes:
* Max Horkheimer (1895-1973).
* Theodor Adorno (1903-1969).
* Walter Benjamim (1892-1940).
* Herbert Marcuse (1898-1979).
* Jurgen Habermas (1929- )
* Erich Fromm (1900-1980).

• Questões:
* Entender as relações que movimentavam as massas.
* Análise crítica dos meios de comunicação.
* Aperfeiçoar o movimento revolucionário marxista.
* Crítica à ideologia capitalista.

• Conceitos:

1. Cultura de massa – Conjunto de manifestações culturais que não está ligado a nenhum grupo social específico, pois é transmitido de maneira industrializada para o público em geral por intermédio dos meios de comunicação de massa.
2. Indústria cultural – Produção industrializada de bens culturais em larga escala para atender o grande público.

A indústria cultural vende cultura; para vendê-la, deve seduzir e agradar o consumidor; para isso não pode chocá-lo, provocá-lo, fazê-lo pensar, mas deve devolver-lhe com nova aparência, o que ele já sabe, já viu, já fez. O expectador “médio” é o senso comum cristalizado.
No capitalismo tudo é mercadoria, inclusive as obras de arte. Segundo Adorno, massificar a arte é banalizar a expressão artística e intelectual, ou seja, vulgarizar.

• A indústria cultural inverte/subverte o sentido da arte:
1. Expressão do talento do autor ---------- reprodução repetitiva.
2. Momento de criação --------------------- produtos para o consumo rápido.
3. Experimentar o novo -------------------- consagrar o padrão.
4. Provocar, chocar, incomodar ------------ lazer e diversão, satisfazer os sentidos

• A análise dos meios de comunicação:

• Os programas de rádio/TV são feitos introduzindo uma divisão do público e dos horários, isto é feito para atender as exigências dos patrocinadores.

• A desinformação é o principal resultado da maioria dos noticiários, assistir regularmente estes noticiários pode provocar na maioria das pessoas:

o Falta de localização espacial – Perda das referências , China = Paraíba.
o Falta de localização temporal – Perda da relação causa/conseqüência. Só existe o “Agora”.


A TV/rádio ( e a internet) podem oferecer-nos o mundo inteiro num instante, mas o fazem de tal maneira que o mundo real desaparece, restando apenas retalhos fragmentados de uma realidade desprovida de raiz no espaço e no tempo.

• Efeitos da mídia:

* Inversão entre a realidade e a ficção.
* Dispersão da atenção, criando o hábito de pensar fragmentado.
* Infantilização do público, que não suporta a distância temporal entre
o desejo de consumir e a satisfação dele.
* Autoritarismo – Intimidação social, com os especialistas que nos
Ensinam a viver.

• Com isso, a mídia transforma o público em uma massa inculta, infantil, desinformada e passiva.

Resumos Sociologia 1º médio ETIP (3º trim 2014)

Aula 1. Religião e religiosidade.

Religião: É um sistema de crenças, doutrinas e rituais que são próprios de uma sociedade ou de um grupo social.

• A palavra “religião” vem do latim:
o Re – outra vez, de novo.
o ligare – ligar, unir.

• Ou seja, religião é reunir o que foi separado: o mundo profano e o mundo sagrado.

• Sagrado: É uma experiência da presença de algo sobrenatural, da diferença simbólica entre seres, opera o encantamento do mundo, envolve mistérios e sentimentos.

• Profano: É tudo o que não é sagrado.

• Elementos essenciais:

o Crença em níveis de existência superiores à vida material.
o Nesses níveis elevados se encontra a causa e o sentido da vida.
o Este mundo transcendente regula a vida pessoal e coletiva, organizando rituais.

• Finalidades da religião:

o Proteger os seres humanos contra o medo da natureza.
o Dar aos humanos um acesso à verdade do mundo, com explicações para a origem, forma e destino.
o Oferecer a esperança de vida após a morte.
o Oferecer consolo aos aflitos, dando-lhes uma explicação para as dores e males da vida.
o Garantir o respeito às normas, regras e valores da moral estabelecida pela sociedade. (mandamentos divinos).

Aula 2. As principais religiões do mundo e do Brasil.

• Religiões no mundo, em número de adeptos, dados de 2010 (World christian database).

1. Cristianismo---------------------------- 2.262 milhões ---- 32,3 %
2. Islamismo------------------------------- 1.552 milhões ---- 22,2 %
3. Hinduísmo-------------------------------  949 milhões ------ 13,6 %
4. Sem religião-----------------------------  813 milhões ------ 11,6 %
5. Budismo--------------------------------- 495 milhões -----  7,1 %
6. Religiões populares chinesas-------------  435 milhões ------  6,2 %
7. Animismo e xamanismo------------------- 243 milhões ---- 3,5 %
8. Ateísmo---------------------------------- 137 milhões -----  2,0 %
9. Novas religiões orientais----------------     63 milhões ----  0,9 %
10. Siquismo-------------------------------- 24 milhões -----  0,4 %
11. Judaísmo-------------------------------- 15 milhões -----   0,2 %
12. Crenças espíritas------------------------ 14 milhões -----   0,2 %


• As correntes do Cristianismo no mundo, nº de adeptos, dados de 2010 (World …).

1. Católicos apostólicos romanos------------- 1.168 milhões ---- 48,5 %
2. Cristãos independentes
(Pentecostais e neopentecostais)---------------- 427 milhões ---- 17,7 %
3. Protestantes históricos
( Luteranos, presbiterianos, batistas,…)-------- 417 milhões ---- 17,3 %
4. Cristãos ortodoxos orientais----------------- 275 milhões ---- 11,4 %
5. Igreja Anglicana------------------------------ 87 milhões ---- 3,6 %
6. Cristianismo de fronteira
(Mórmons, Testemunhas de Jeová)------------- 35 milhões ---- 1,5 %

• Religiões, igrejas e templos no Brasil, em número de adeptos.(Censo-2010.IBGE).

1. Igreja Católica--------------------------------- 123,28 milhões ---- 64,6 %
2. Sem religião------------------------------------- 15,34 milhões ---- 8,0 %
3. Assembleia de Deus (pentecostal)--------------- 12,31 milhões ---- 6,5 %
4. Espiritismo Kardecista---------------------------- 3,85 milhões ---- 2,0 %
5. Igreja Batista (protest. Histórico)-----------------  3,72 milhões ---- 1,9 %
6. Congregação cristã (pentecostal)------------------ 2,29 milhões ---- 1,2 %
7. Igreja Universal (neopentecostal)------------------ 1,87 milhões ---- 1,0 %
8. Igreja do evangelho quadrangular (pent.)-----------1,81 milhões ---- 0,9 %
9. Igreja Adventista (protest. Histórico)-------------   1,56 milhões ---- 0,8 %
10. Testemunhas de Jeová (Crist. de fronteira)--------1,39 milhões ---- 0,7 %

• O Brasil é um país predominantemente cristão (88,8 %), as pessoas que se declaram sem religião somam 8,0 % e as demais religiões não-cristãs somam 3,2 %.


Aula 3. O Cristianismo e suas vertentes.

Igreja Católica Apostólica romana: É o maior e mais antigo ramo do cristianismo,
sua sede fica em Roma, no Vaticano, seu líder máximo é o papa.

Protestantes históricos: Surgem a partir da Reforma de Lutero em 1517, questionavam as práticas e dogmas católicos, o maior foco é na leitura e entendimento da bíblia.
o Principais igrejas: Luterana, Presbiteriana, Batista, Metodista e Adventista.

Pentecostais: Surgem em 1906 nos E.U.A., crença nos poderes do espírito santo, como o de curar doenças, dizem viver uma experiência direta e pessoal com Deus.
o Principais igrejas: Assembleia de Deus, Congregação cristã, Deus é amor, Evangelho quadrangular, Avivamento bíblico, o Brasil para Cristo..

Neopentecostais: Surgem na década de 70 nos E.U.A., dividem-se em cinco correntes, muitas delas defendem a Teologia da prosperidade, o sucesso e a felicidade devem ser alcançados nesta vida pela fé e por doações à igreja, pois os bens materiais são uma graça de Deus.
o Principais igrejas: Igreja Universal do reino de Deus, Renascer em Cristo, Igreja Internacional da graça de Deus.

Igreja Ortodoxa Cristã oriental: Nasce do Cisma do Oriente em 1054, que separou a parte cristã do leste europeu do domínio da igreja Católica, possui matriz cultural grega.

Igreja Anglicana: Igreja oficial da Inglaterra, criada pelo rei Henrique VIII em 1534, surgiu para contestar a autoridade e o poder da Igreja Católica.

Mórmons: Também conhecida como Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos dias. Surgiu nos E.U.A. ao final do século XIX com o profeta Joseph Smith Jr, propõe restaurar a pureza do cristianismo primitivo, possui uma bíblia própria: o livro dos mórmons, defendem a disciplina e valorizam a família.

Testemunhas de Jeová: Surgem na Pensilvânia (E.U.A.) em 1870, fundado por Charles Russel através de um grupo de estudos independentes da bíblia, não concordam com a existência do inferno e nem com castigos eternos para os pecadores. Não há hierarquia entre seus membros.


Aula 4. As principais religiões não-cristãs e as crenças espíritas.

Islamismo: É uma religião monoteísta baseada nos ensinamentos de Mohamed ou Maomé (570-632), seu livro sagrado é o Alcorão, pregam a onipotência do Alá, a bondade, a generosidade e a justiça. Todo fiel islâmico (ou muçulmano) possui 5 deveres: orar 5 vezes ao dia voltados para Meca, prestar caridade, jejuar no mês de Ramadã, tomar bano de purificação e peregrinar pelo menos uma vez na vida para Meca, a cidade sagrada aonde fica a Caaba. As principais divisões são os sunitas e os xiitas.

Hinduísmo: Surge na Índia, a partir do século XV a.C., Seus textos sagrados são os Vedas, que contém o Dharma (a ordem universal revelada pelos deuses). Creem em um ciclo de reencarnações sucessivas para superar o carma e atingir o Nirvana. Os principais deuses são: Brahma, Vishnu e Shiva.

Budismo: Criado na Índia pelo príncipe Sidarta Gautama, o Buda, por volta do século VI a.C. Prega as “4 nobres verdades”: 1. Tudo na vida é dor, 2. A origem da dor é o desejo, 3. O fim da dor é a eliminação do desejo, 4. O caminho para superar a dor é a correção nos pensamentos, nas palavras e nas ações. Seu líder espiritual é o Dalai Lama.

Religiões populares chinesas: Conjunto de tradições religiosas milenares da China, inclui valores de várias religiões e mitologias. Culto politeísta cujo ser supremo é Shang’ti, possui divindades menores, cultos aos antepassados a homens deificados (Confúcio, Lao-tsé, Buda,..) e dragões.

Espiritismo Kardecista: Doutrina codificada em 1857 pelo médium francês Allan Kardec (1804-1869), crença em sucessivas reencarnações até chegar a perfeição, na comunicação entre vivos e espíritos desencarnados. Prega a caridade e o amor ao próximo como meio de atingir a maturidade espiritual, no Brasil seu principal representante foi o médium Chico Xavier (1910-2002).

Umbanda: Nasce no Rio de Janeiro no início do século XX, junta elementos africanos, indígenas, católicos e espíritas. Culto aos orixás, entidades que representam as forças da natureza e os sentimentos: Deus supremo Zambi ou Olorum, orixás: Oxalá, Oxóssi, Xangô, Ogum, Yemanjá, Oxum, Obaluayê,.. Recebem ensinamentos de caboclos, pretos-velhos, erês e exus.


Aula 5. A religião na sociedade moderna.

• Existe atualmente uma oposição entre religião e ciência, ocorrem debates que visam estabelecer qual das duas áreas apresenta explicações mais adequadas às situações da vida.
• Enquanto a ciência diz que não se pode comprovar cientificamente as “verdades da fé”, a religião afirma que a ciência não trouxe felicidade ao ser humano, danso o exemplo de guerras, violência, corrupção, epidemias,…

• Karl Marx (Alemanha, 1818-1883) destaca a importância da religião para os homens, diz que “a religião é o ópio do povo.”, ou seja, seria algo necessário para suportar as dificuldades terrenas, dando esperança de uma vida melhor.

• Max Weber (Alemanha, 1864-1920) identifica a religião como meio de explicar comportamentos, pois ela induz seus seguidores a deteminados atos. A religião é uma forma de organização que serve e base para outras atividades como política, economia, cultura, artes,…

• Podemos dizer que ocorre atualmente uma Secularização da sociedade, ou seja, um processo por meio do qual a religião perde influência sobre as diversas esferas da vida social.

• Quando falamos em Religião, pensamos em instituições com normas, hábitos, valores e rituais específicos.

• A Religiosidade é algo mais amplo, é uma vivência interior com o sagrado, é um sentimento que induz ao equilíbrio, a harmonia, a felicidade. É um sentimento que tem origem no medo da morte e no desejo de eliminar o sofrimento, é também um meio de socialização.

domingo, 10 de novembro de 2013

Resumos sociologia 2º médio ETIP (3ºtrim 2014)

Aula 1. Análise do texto: “A cidade e seus medos.”

• Atualmente, um sentimento socialmente compartilhado em relação à vida urbana vem predominando, o medo, provocando insegurança.
• Esta insegurança refere-se principalmente à “violência urbana”, divulgada em massa pela imprensa, esses sentimentos dão uma relevância estrondosa ao crime, em especial ao crime organizado.
• Quando vivemos com medo, deixamos de utilizar a razão como parâmetro para medir e regrar nossas condutas.
• O senso comum entende o crime como o grande gerador da insegurança social.
• O combate ao crime tem por base a ideia de controle das “classes perigosas”; ideia esta que funciona como um mecanismo de estigmatização. Este combate se dá através de políticas repressivas e não integradoras, o que reforça o mito de que a pobreza produz crime, e os pobrers são potenciais criminosos.
• Essa percepção cria uma classificação espacial que discrimina bairros seguros e bairros perigosos, o “nós e eles”, sendo “eles” uma categoria inferior.

Trechos extraídos de:
Fonte: BERLATTO, Fábia, A cidade e seus medos. Gazeta do povo, Curitiba, 27 ago. 2009
Obs: Fábia Berlatto é cientista social e mestre em sociologia pela UFPR.


Aula 2. A sociologia da violência.

• Agressividade é diferente da violência, apesar de próximas, possuem características distintas. A agressividade nem sempre é necessariamente negativa, é uma resposta às influências do meio, porém pode servir de motivador para atitudes que preservem a integridade, a sobrevivência. Por exemplo: um time de futebol mais agressivo, que ataca mais o adversário costuma ter mais chances de vitória, essa agressividade pode se transformar em determinação.

• Violência: Uso intencional e abusivo da força física ou do poder de ameaça, intimidação verbal, injustiça, discriminação.

• A análise profunda do meio social é fundamental para se interpretar o comportamento humano.

• Com relação à violência existem certos “mitos” do senso comum, por exemplo que os meninos são naturalmente mais agressivos do que as meninas.

• Possíveis fatores geradores de violência:

o Composição biológica – Predisposição natural para a violência.
o Resistência a ordem estabelecida – A negação da autoridade constituída.
o Multiplicidade cultural – Preconceitos raciais, culturais, de gênero,…
o Desigualdades sociais – As diferenças econômicas gerando revolta.
o Corrupção – Uso indevido dos recursos públicos.
o Competitividade excessiva – Incentivando comportamentos agressivos, obssessivos.
o Falta de segurança – Precariedade das políticas de segurança pública.
o Crimes hediondos – Indignação popular contra crimes bárbaros.


Aula 3. Segregação social e espacial.

• A grandes cidades brasileiras, e algumas médias, vem passando por transformações significativas, uma das principais diz respeito às áreas de ocupação urbana.

• A ocupação urbana ocorre de forma que cada classe social tem um espaço próprio e adequado ao seu status, ou seja, as condições econômicas e sociais dos indivíduos os empurra para certas áreas da cidade, por exemplo as favelas para os moradores pobres e os condomínios fechados de luxo para os ricos.

• Podemos perceber nas grandes cidades um novo fenômeno social, a existência de Enclaves fortificados, cujas características são:

o Condomínios fechados, conjunto de escritórios, shopping centers,…
o São fortalezas quase fechadas ao mundo exterior.
o Existe um rígido controle de movimento, com entrada e trânsito restrito.
o Possue normalmente regras de convivência vigiada.

• O atual modelo de ocupação urbana estabelece fronteiras entre grupos sociais, organizando as diferenças como desigualdade.

• Para os moradores destes enclaves, o espaço público passa a ser visto com suspeita, como motivo de insegurança, configurando uma verdadeira segregação social e espacial.


Aula 4. Controle social e disciplina.

Controle social – Capacidade da sociedade de se autoregular, de controlar a si mesma mantendo a ordem, essa ordem social não é mantida apenas por policiais e juízes, mas sim por instituições, relações e processos variados.

• Escolas, empresas, igrejas, clubes, sindicatos, estas e outras organizações fazem parte de um grande sistema de controle social.

• No início do século XX, pesquisadores e sociólogos da Universidade de Chicago nos E.U.A. propuseram a criação de áreas de lazer, praças, parques vigiados para manter o controle social , diminuindo as taxas de criminalidade.

Sociedade disciplinar – Segundo o filósofo francês Michel Foucault (1926 – 1984), sociedade disciplinar é aquela cujo sistema de controle social funciona por meio da combinação de técnicas de classificação, seleção, vigilância e controle sobre os indivíduos. Segue o princípio: dividir para governar, classificar para controlar.

A prisão panóptica – Modelo arquitetônico de presídio desenhado pelo inglês J. Bentham, possui uma torre central que vigia constantemente a prisão radial em volta. Com esse modelo ocorre a inversão do princípio da masmorra, ou seja, em vez de esconder os criminosos, deixá-los a mostra, assim torna-se possível controlar cada movimento deles.

• Michel Foucault considera que a sociedade atual está vivendo sob o modelo panóptico, ou seja, passamos por vigilância constante através de câmeras, vigias e equipamentos restritivos, isso tudo é legitimado com o argumento da “promoção da segurança”. “Vamos controlar sua vida para a sua própria segurança.”


Aula 5. Ética e cidadania.

• Todos nós temos valores, costumes, condutas e crenças que direcionam nosso comportamento, e são as escolhas destes valores que nos identifica perante o mundo, nesse sentido cada um fala na “sua” religião, na “sua” ideologia, nos “seus” hábitos como se fossem exclusivos. O que geralmente passa despercebido para a maioria das pessoas é que esses valores , costumes e crenças são produtos do meio social, são construções sociais, as quais as pessoas escolhem aderir ou não.

• Atualmente ser ético é:
• Ser consciente de si e dos outros, reconhecendo a existência dos demais.
• Ser dotado de vontade para deliberar e decidir sobre sua participação social.
• Ser responsável, ou seja, reconhecer-se como o autor de seus atos.
• Ser livre, ou seja, procurar livrar-se da manipulação dos poderes externos a nós.

• Aparentemente ocorre uma oposição entre nossos valores individuais e os valores públicos ou sociais. Não conseguimos vislumbrar a importância dos valores sociais em nossa vida , mas percebemos porém que é necessário participar de algo, é fundamental exercitarmos a “Cidadania”.

Cidadania – Capacidade de participar da vida e do governo da sociedade ou de um grupo social. Esta participação envolve a consciência de que temos direitos a exigir e deveres a cumprir, respeitando a igualdade de condições.

A questão fundamental é: Como exercer a cidadania?

• As formas de participação mais óbvias são: votar nas eleições, ter documentos e pagar os impostos.

• Mas existem outras inúmeras formas, como por exemplo: trabalhar em uma empresa, estudar em uma escola, participar de reuniões de sindicatos e/ou de partidos políticos, frequentar áreas comuns de lazer, praticar um culto em uma igreja ou templo religioso, atuar em uma ONG,…


Aula 6. As ONGs e os direitos humanos.

ONGs (Organizações não-governamentais) – Entidades, associações ou fundações sem fins lucrativos que procuram atender às necessidades sociais sem vínculo direto com o Estado. É dependente de doações, de trabalho voluntário e de parcerias com o setor privado e público.

Terceiro setor – É outra maneira de se referir às ONGs, parte específica da economia distinta do primeiro setor (público, o Estado) e o segundo setor (privado, o mercado) também engloba associações, fundações, institutos de pesquisa, grupos sociais,…

Principais áreas de atuação – Educação, direitos da mulher, crianças e adolescentes, direitos humanos, saúde, trabalho e renda, meio-ambiente, questões urbanas, arte e cultura, agrícolas, comunicação,…

Exemplos: Greenpeace, Fundação SOS Mata Atlântica, WWF, Cruz vermelha internacional, médicos sem fronteiras, anistia internacional, MST, UDR, Instituto sou da paz, GAPA, AACD, UNICEF, Doutores da alegria, Associação brasileira de gays, lésbicas e transsexuais, institutos de defesa do consumidos,…


• Declaração universal dos direitos humanos.


• Documento assinado em 10/12/1948 pelos países participantes da Assembléia geral do ONU, surgiu como uma forma de evitar barbáries como as da segunda guerra mundial, seus artigos tratam dos direitos básicos que qualquer cidadão do mundo deve ter.

• Entre os direitos propostos pela declaração estão: direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais.

• Segue abaixo o último parágrafo da introdução e os quatro primeiros artigos do documento:


• "A Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios estados-membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição."

Artigo 1.
Todas os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados
de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de
fraternidade.
Artigo 2.
1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades
estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça,
cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou
social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou
internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um
território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer
outra limitação de soberania.
Artigo 3.
Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo 4.
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos
serão proibidos em todas as suas formas.

• Ao lermos os princípios da declaração percebemos de imediato que paracem se referir a outro lugar, e não ao planeta Terra, pois vemos diariamente que estas bonitas palavras não são postas em prática. Serão estes princípios utópicos?

Embora não seja um documento com obrigatoriedade legal, serve como direcionamento, como um ideal a ser atingido, significa algo importante para motivar a luta pela plena execução de todos os direitos.Seus artigos influenciaram a elaboração de muitas constituições, e motivaram alguns governos a se comprometerem a adoter medidas para garantir o reconhecimento e o efetivo cumprimento dos direitos anunciados na Declaração.

Resumos Sociologia 3º médio ETIP 2013 (3º trim)

Aula 1. Sociologia brasileira: Modernização e desenvolvimento.

• A reflexão sociológica no Brasil sempre se preocupou com a natureza, o sentido e os desdobramentos da modernização. Este tema teve um papel relevante, afinal o próprio processo histórico que deu origem ao Brasil estava impregnado por esse conceito.

• Costuma-se utilizar o ano de 1850 como um marco divisor para a modernidade brasileira, mas o que aconteceu neste ano para justificar esta afirmação?

Brasil em 1850 – Monarquia parlamentarista com amplos poderes do imperador D. Pedro II, aproximadamente 9 milhões de habitantes, população eminentemente rural, produção agrícola, instalação das primeiras ferrovias e principalmente a extinção do tráfico negreiro pela Lei Eusébio de Queiroz.

• A extinção do tráfico foi um marco rumo a modernidade, pois permitiu ao país se livrar deste verdadeiro “fardo colonial”, símbolo do atraso. Foi o primeiro grande passo para a modernização do Brasil.

Modernidade – Processo de mudanças econômicas, políticas, sociais e culturais que ocorre em países da periferia do sistema capitalista, à medida em que esses países se direcionam para padrões mais complexos de organização social e política.

• As principais referências de modernidade desde o início do século XX são os E.U.A. e a Europa ocidental, sua forma de organização era o modelo ideal a ser seguido por qualquer país que se pretenda “moderno”. Conceitos como democracia, industrialização e urbanização passaram a ser sinônimos de modernidade.

• Existe no Brasil uma visão preconceituosa de que o progresso ou a modernidade só teve realmente início com a imigração européia.

• Segundo muitos sociólogos ocorreu no Brasil uma chamada “modernização conservadora”, houve um grande progresso econômico acompanhado de um atraso social, as antigas estruturas políticas e sociais do passado foram mantidas, persistindo mecanismos sociais de exclusão e políticas de dominação.

Aula 2. Os grandes sociólogos brasileiros.

Euclides da Cunha (RJ, 1866 – 1908):

o Autor de “os sertões” (1902), livro que conta a história da Guerra de Canudos no sertão nordestino.
o Nesta obra, Euclides nos mostra a miséria e o isolamento da população nordestina.
o Faz um diagnóstico do subdesenvolvimento nacional, mostrando a existência de “dois Brasis”.
o Apesar do autor não ser um sociólogo acadêmico, sua obra serviu de base para muitos estudos sociológicos.

Gilberto Freire (PE, 1900 – 1987):

o Autor de “Casa grande e senzala” (1933)
o Faz uma profunda análise das relações sociais entre os senhores de engenho e os escravos.
o Essa obra deu origem ao mito da democracia racial no Brasil.


Florestan Fernandes (SP, 1920 – 1995):

o Professor de sociologia exilado durante o regime militar.
o Foi responsável pelo desenvolvimento da “Sociologia crítica” no Brasil.
o Nesta linha de pensamento não basta mostrar os problemas sociais, é necessário opinar, criticar, propor, sugerir.
o Principais obras: “Fundamentos empíricos da investigação sociológica”, “ A integração do negro na sociedade de classes.”, “ A revolução burguesa no Brasil.”

Celso Furtado (PB, 1920 – 2004):

o Economista e professor de economia latino-americana na Sorbonne (França).
o Estudos sobre a economia brasileira desde o período colonial.
o Deu ênfase nas “relações de dependência”, segundo Furtado, o Brasil sofreu uma industrialização indireta, comandada pelos países ricos, gerando assim uma dependência.
o Principais obras: “Formação econômica do Brasil”, “Criatividade e dependência na civilização industrial”, “O capitalismo global”.

Darci Ribeiro (MG, 1922 – 1997):

o Antropólogo, escritor e político exilado durante o regime militar.
o Seus principais temas de estudo foram a educação e os indígenas brasileiros.
o Questão-chave: a busca da identidade nacional, o que é “ser brasileiro”.
o Estudo crítico da miscigenação e das relações de poder.
o Obras: “Culturas e línguas indígenas do Brasil”, “Os brasileiros – teoria do Brasil”, “O povo brasileiro – a formação e o sentido do Brasil”.


Aula 3. A pesquisa sociológica.

• A construção do conhecimento científico se faz através das relações sociais e das experiências que se desenvolvem nos mais variados âmbitos da sociedade.

• Qualquer conhecimento que se pretenda científico não pode prescindir de um método específico que seja adequado ao seu objeto de estudo.

• As ciências sociais, incluindo a Sociologia também possui um método próprio, um olhar diferente da realidade; apesar de ser uma ciência teórica, ela vincula pensamento e ação, ou seja, nada pode ser visto como um problema intelectual se não tiver sido, primeiramente, um problema da vida prática.

• A pesquisa social é uma ferramenta preciosa para o exercício da Sociologia, pois permite ampliar o conhecimento sobre o próprio ambiente, descobrir novos instrumentos e novas técnicas, fornecendo diagnósticos e prognósticos para confirmar ou não tendências de comportamentos sociais.

• Algumas características importantes da pesquisa científica em sociologia:

o Deve necessariamente ter foco em um problema social real.
o Deve levar em conta os conceitos sociológicos clássicos na análise de fatos e problemas.
o Deve usar o método de pesquisa de campo para embasar suas observações.
o Não deve ter a ilusão de resolver o problema social, mas sim apontar caminhos, direções que sirvam de referência a outros pesquisadores.


Aula 4. Metodologia de pesquisa sociológica.

• Qualquer pesquisa de campo deve, necessariamente seguir um método, uma forma padrão de ação, uma maneira de sistematizar a atividade científica, seguindo os seguintes passos:


1. Escolha do Tema - É o assunto geral a ser tratado, tema genérico, por exemplo: a violência urbana, o preconceito racial, o consumismo, …
2. Formulação do problema - É a questão a ser resolvida dentro do tema, a pergunta principal que a pesquisa procura responder, por exemplo: Que fatores exercem mais influência no comportamento consumista?.
3. Construção de hipóteses – São explicações provisórias que servem para orientar a busca de informações, deixam de ser provisórias apenas quando confirmadas através de pesquisas. Por exemplo: “ a mídia televisiva é o principal fator motivador do comportamento consumista”.
4. Planejamento da pesquisa – Determinação do público-alvo, do tipo específico de pesquisa, elaboração dos questionários (abertos ou fechados) e dos critérios de avaliação. Por exemplo: Pesquisar frequentadores do Mc Donalds, fazer perguntas fechadas (sim ou não), buscando motivações de escolha.
5. Realização da coleta de dados – Pesquisa de campo , nesta fase é importante evitar emitir opiniões ou ajudar o entrevistado, deve-se adotar uma postura de neutralidade para não deformar o resultado.
6. Tabulação dos dados – Classificação das informações recebidas pelas pesquisas, geralmente feita com tabelas e gráficos.
7. Análise e interpretação dos dados – Após a tabulação, faz-se uma análise geral dos dados tendo em vista o problema central e as hipóteses, é o momento de buscar respostas.
8. Redação do relatório de pesquisa – Registro de todo o processo de pesquisa, explicitando a metodologia usada, os objetivos da pesquisa, o público-alvo, gráficos e tabelas e a conclusão que deve ser extraída dos dados analisados.


Aula 5. Pesquisas quantitativas e qualitativas.

• Para realizar uma pesquisa é fundamental conhecer e empregar uma metodologia adequada aos objetivos, esse caminho direciona a atividade; nas ciências sociais e em outras ciências há duas metodologias amplamente empregadas: a quantitativa e a qualitativa.

Pesquisa quantitativa – É um estudo estatístico que se destina a descrever as características de uma determinada situação, medindo numericamente as hipóteses levantadas a respeito de um problema específico.

• Este tipo de pesquisa visa confirmar se os dados mensuráveis obtidos numa amostra são estatisticamente válidos para o universo do qual a amostra foi retirada.

• Exemplos de pesquisas quantitativas:

o Mostrar o índice de crescimento da violência no país.
o Verificar a preferência musical dos jovens urbanos entre 13 e 17 anos.
o Demonstrar o grau de penetração social de uma determinada religião.

Pesquisa qualitativa – Método empregado para entender a natureza de um fenômeno social, auxilia a compreender os aspectos subjetivos de indivíduos ou grupos.

• Este tipo de pesquisa visa compreender as causas e as motivações de determinados comportamentos sociais, em vez de perguntar o “quanto”, busca saber o “porquê”.

• Exemplos de pesquisas qualitativas:

o A preferência por estilos de automóveis de acordo com a personalidade do motorista.
o A percepção que os adultos têm dos jovens.
o O que leva algumas pessoas a fazerem trabalhos voluntários?

terça-feira, 30 de julho de 2013

Resumos Sociologia 3º médio ETIP (2ºtrim 2013)

Aulas 1/2. A sociologia de Max Weber (Alemanha, 1864-1920)

• Professor universitário, desenvolveu estudos de direito, filosofia, história e economia.

• Principais obras:
A ética protestante e o espírito do capitalismo. (1905).
Economia e sociedade. (1922).

• Para Weber, a pesquisa histórica é essencial para a compreensão das sociedades.

• Funda a chamada “sociologia compreensiva”, de caráter racionalista, considerando a ação individual como ponto de partida para a compreensão da realidade social.

Ação Social : Conduta humana (ato, omissão, permissão) dotada de um significado subjetivo, que orienta o agente de acordo com o comportamento dos outros, ou seja, o seu caráter social. Segundo Weber, há quatro tipos ideais, ou puros de ação social:

1. Racional com relação a um objetivo : Projeto para agir. Ex: Um professor planejando a aula, um engenheiro desenhando a planta de um prédio.
2. Racional com relação a um valor : Fidelidade a valores políticos, religiosos. Ex: um capitão que afunda com seu navio, um ataque terrorista.
3. Emocional ou afetiva: Reação emocional por medo, inveja, vingança,… Ex: brigas de torcidas.
4. Tradicional : Ação por hábitos, crenças ou costumes. Ex: participar de cerimônias de casamento, funeral.

A sociologia de Weber busca compreender a ação social através do sentido que o sujeito atribuiu à sua própria ação, ou seja, quer entender o sentido subjetivo das condutas sociais.

• Weber analisa as regras e normas sociais como resultado do conjunto de ações individuais, das decisões pessoais. Ex: Uma religião existe por que muitas pessoas adotam estes valores, uma campanha comunitária acontece através da decisão pessoal de cada participante.

• A análise do capitalismo :

• A expansão do capitalismo moderno, cujo início ocorreu no século XIV com o renascimento comercial só foi possível a partir da expansão da religião protestante, em especial o Calvinismo, que pregava:

o Ter lucro não era mais pecado, a usura era permitida.
o O trabalho é o meio mais eficiente para se atingir a graça divina, a Salvação.
o O ascetismo é valorizado, deve-se ter disciplina e auto-controle.
o A prosperidade material é uma prova da predestinação, ou seja, algo que indica que Deus escolheu certa pessoa para ser salva.


O protestantismo proporcionou a formação de uma nova mentalidade, um conjunto de valores e hábitos fundamentais que criaram um ambiente propícios a expansão do capitalismo.

Obs: A reforma de Lutero teve início em 1517, e o Calvinismo surgiu em 1534.

Aulas 3/4. A Escola de Frankfurt

• Um grupo de pensadores fundou em 1923 o “Instituto de pesquisa social” na Alemanha, com o objetivo de buscar explicações para as profundas transformações sociais ocorridas à época, dando ênfase aos aspectos culturais.

• Panorama histórico: Período de expansão do capitalismo monopolista e das idéias socialistas e totalitaristas, logo após a 1ª guerra mundial (1914-1918) e a revolução russa (1917-1922).

• Principais influências:
O marxismo em suas várias formas (análise das formas de domínio)
A psicanálise de Freud, (análise dos comportamentos).

Nomes:
* Max Horkheimer (1895-1973).
* Theodor Adorno (1903-1969).
* Walter Benjamim (1892-1940).
* Herbert Marcuse (1898-1979).
* Jurgen Habermas (1929- )
* Erich Fromm (1900-1980).

Questões:
* Entender as relações que movimentavam as massas.
* Análise crítica dos meios de comunicação.
* Aperfeiçoar o movimento revolucionário marxista.
* Crítica à ideologia capitalista.

• Conceitos:

1. Cultura de massa – Conjunto de manifestações culturais que não está ligado a nenhum grupo social específico, pois é transmitido de maneira industrializada para o público em geral por intermédio dos meios de comunicação de massa.
2. Indústria cultural – Produção industrializada de bens culturais em larga escala para atender o grande público.

A indústria cultural vende cultura; para vendê-la, deve seduzir e agradar o consumidor; para isso não pode chocá-lo, provocá-lo, fazê-lo pensar, mas deve devolver-lhe com nova aparência, o que ele já sabe, já viu, já fez. O expectador “médio” é o senso comum cristalizado.
No capitalismo tudo é mercadoria, inclusive as obras de arte. Segundo Adorno, massificar a arte é banalizar a expressão artística e intelectual, ou seja, vulgarizar.

• A indústria cultural inverte/subverte o sentido da arte:
1. Expressão do talento do autor----------------------reprodução repetitiva.
2. Momento de criação---------------------------------produtos para o consumo rápido.
3. Experimentar o novo--------------------------------consagrar o padrão.
4. Provocar, chocar, incomodar------------------------lazer e diversão, satisfazer os sentidos


• A análise dos meios de comunicação:

• Os programas de rádio/TV são feitos introduzindo uma divisão do público e dos horários, isto é feito para atender as exigências dos patrocinadores.

• A desinformação é o principal resultado da maioria dos noticiários, assistir regularmente estes noticiários pode provocar na maioria das pessoas:

o Falta de localização espacial – Perda das referências , China = Paraíba.
o Falta de localização temporal – Perda da relação causa/conseqüência. Só existe o “Agora”.


A TV/rádio ( e a internet) podem oferecer-nos o mundo inteiro num instante, mas o fazem de tal maneira que o mundo real desaparece, restando apenas retalhos fragmentados de uma realidade desprovida de raiz no espaço e no tempo.

Efeitos da mídia :

* Inversão entre a realidade e a ficção.
* Dispersão da atenção, criando o hábito de pensar fragmentado.
* Infantilização do público, que não suporta a distância temporal entre o
Desejo de consumir e a satisfação dele.
* Autoritarismo – Intimidação social, com os especialistas que nos
Ensinam a viver.

• Com isso, a mídia transforma o público em uma massa inculta, infantil, desinformada e passiva.


Aula 5. Sociologia contemporânea: Norbert Elias (Alemanha, 1897 – 1990).


• Sociólogo, estudou também medicina, filosofia e psicologia.

• Fugiu da Alemanha nazista em 1933, indo morar na Inglaterra.

• Foi o responsável pela criação da chamada “sociologia figuracional”, uma área que estuda as configurações sociais como consequências da interação social.

• Elias parte da ideia de que a interdependência entre os indivíduos e as relações formam a configuração social. Por exemplo a dança, um espetáculo de dança não existe sem os dançarinos individuais, que ao se relacionarem constroem a ação do grupo.

• São os próprios indivíduos que constroem e mantém as configurações sociais baseadas em teias ou redes de interdependência.

• Estas teias de interdependência agrupam os indivíduos com laços gerados socialmente, resultando num processo de autocontrole individual.

• Durante nossa vida mantemos relações sociais em vários níveis com pessoas dos mais variados grupos sociais: família, escola, igreja, clubes, torcidas, empresas, sindicatos, …

• Essas relações formam teias, nós dependemos dessas relações e algumas pessoas dependem de nós, não apenas dependência física ou material, mas emocional, intelectual e até espiritual, com isso, nós aceitamos algumas regras de convivência e até criamos outras, num verdadeiro processo de autocontrole de nosso comportamento.

• Esse modelo garante a coerção social, que mantém a estabilidade dos comportamentos, ou seja, em nossas relações sociais criamos expectativas sobre o comportamento dos outros e os outros esperam determinados comportamentos de nós, como desejamos manter estas relações então nos submetemos às regras, que se tornam tradicionais, normais.

Resumos Sociologia 1º médio ETIP (2ºtrim 2014)

Aulas 1/2. O que é cultura? Sentidos e conceitos.

• Cultura: O conjunto acumulado de símbolos, ideias e produtos materiais associados a um sistema social, seja uma sociedade ou uma família.

• Cultura:
o Material – Tudo o que é produzido materialmente pelo ser humano.
o Imaterial – Símbolos, ideias, crenças, valores e normas.

• Cultura não é qualquer ideia ou atividade, é algo que transcende, vai além dos indivíduos.

• A origem da palavra cultura vem do latim cultus, que significa ao mesmo tempo, a cerimônia religiosa de homenagem a uma divindade e o cultivo da terra.

• Com o tempo, cultura passou a ser entendida como aquilo que se obtém com esforço, cuidado e determinação, cultivar passou a significar o aperfeiçoamento em relação a uma ação.

• A partir do Iluminismo dos séculos XVII/XVIII, a palavra cultura significava o cultivo abstrato de ideias, popularizando-se como o conjunto de princípios e conhecimentos que os homens são capazes de acumular.

• Nesse sentido, cultura passou a simbolizar status intelectual, desejo da ascendente burguesia, vide as grandes bibliotecas e coleções de obras de arte dos burgueses europeus.

• A expansão do nacionalismo europeu dos séculos XVIII/XIX contribuiu para mudar o sentido da palavra cultura, que passou a ser um conjunto de tradições e hábitos com os quais as pessoas se identificavam, nascia então a ideia de uma cultura nacional.

• Conceitos relacionados:

o Pluralismo cultural – Processo pelo qual culturas diferentes coexistem mantendo sua identidade. O Brasil é um grande exemplo disso.
o Aculturação – É quando uma cultura domina outra cultura mais fraca. Há inúmeros exemplos na história: o império romano, a expansão ibérica, os EUA,…
o Relativismo cultural – Cada cultura deve ser entendida em seus próprios termos, não sendo possível considerar uma cultura melhor ou pior do que a outra.
o Etnocentrismo – É uma visão de mundo na qual o nosso grupo social é considerado o centro de tudo, é o critério de julgamento dos outros. É a única cultura certa, boa, ideal. Podemos citar como exemplos igrejas, partidos políticos e clubes esportivos.

• Para um aprofundamento do tema ver Apostila 2, páginas 2 a 9.

Aula 3. Símbolos culturais.

• A análise sociológica dos seres humanos enfrenta um dilema: conciliar a unidade biológica com a diversidade cultural.
• Para entendermos melhor essa característica é preciso analisarmos as formas de comunicação baseadas na distinção conceitual entre sinais e símbolos.

• Comunicação através de:

o SINAIS – Orgânica, inata, geneticamente transmitida, fixas. Os animais se comunicam desta forma.
o SÍMBOLOS – Adquirido culturalmente com a socialização, convenção social, é variável, depende das características culturais do grupo.

• A oposição entre sinais e símbolos não é total nem absoluta, o homem produz cultura e é produzido por ela. Nós também usamos sinais para nos comunicar, por exemplo: o choro de um bebê é um sinal de que algo o incomoda, porém a resposta da mãe ao choro é algo cultural, depende das convenções sociais do local aonde mora.


• NATURAL --------------------------- CULTURAL
(convivência, interação social)

• Podemos encontrar símbolos culturais:






















Aula 4. Cultura brasileira: diversidade e conflitos.

• Quando se fala de cultura no Brasil costuma-se levantar uma importante questão: Existe uma cultura dominante ou genuinamente brasileira?

• Algumas características fundamentais da sociedade atual:

o Urbana, industrial e capitalista.
o Divisão social e especialização do trabalho.
o Hierarquização social.
o Relações de poder, de domínio.

• O senso comum e até mesmo as ciências sociais fazem uma distinção entre cultura erudita e cultura popular.
o Cultura Erudita – De elite, mais refinada, de bom gosto, melhor, especial.
o Cultura Popular – De massa, mais rústica, de mau gosto, pior, vulgar.

• Essa classificação aplicada à cultura brasileira pode ser entendida de modo diverso, invertendo os valores:
o Cultura Erudita – Artificial, decadente, restrita.
o Cultura Popular – Autêntica, nacional, ampla, pura.

• Há nesse caso uma uniformização indevida, pois não existe apenas uma única cultura popular, em um mesmo universo social coexistem várias culturas.

• Porém, mesmo nesse ambiente cultural múltiplo, existe algo que uniformiza, torna tudo homogêneo: a Publicidade, com isso tudo tem mais ou menos o mesmo valor, o valor de mercado.

• Quando falamos de uma cultura nacional brasileira, estamos usando referências de valor das classes dominantes. Ao analisarmos a história cultural do Brasil podemos perceber o quanto a afirmação acima é válida.

• Houveram várias tentativas de criar uma unidade cultural, uma “etnia” brasileira, todas elas partiram das classes detentoras do poder, um dos exemplos mais claros foi no início do século XX, com a Política de branqueamento da população, posta em prática com incentivos à imigração européia e japonesa, buscando um “perfil racial” que fosse mais próximo dos países considerados modernos, desenvolvidos, os EUA e os europeus ocidentais.

• Um dos grandes desafios da sociologia brasileira foi a construção simbólica da identidade cultural brasileira, quem somos nós? O que é ser brasileiro? São algumas questões que os sociólogos buscam responder.



Aulas 5/6. Análise de ambientes culturais: a família.

• Modelo tradicional de família: pai, mãe e filhos.

• Aspectos importantes para a manutenção da família tradicional: fidelidade, exclusividade, garantia de propriedade.

• Podemos conceber a instituição familiar como:

o Organização natural – Se é algo natural, então qualquer forma diferente da tradicional é “anti-natural”, ou seja, errado.

o Determinação divina – A família é obra de Deus: “o que Deus uniu o homem não separa.” Qualquer forma diferente pode ser considerado ‘pecado”.

o Produto histórico-cultural – A família não é natural, nem divina, mas algo construído culturalmente, cada sociedade adota aquilo que é conveniente para sua cultura.

• Funções:
Transmissão dos padrões culturais vigentes.

Desenvolvimento físico, psíquico e social.

Absorção e manutenção de valores ideológicos.(*)

• Influências:
Fatores econômicos. Ex: a mulher no mercado de trabalho.

Meios de comunicação de massa. Ex: exposição constante na mídia.

Instituições educacionais. Ex: aprendizagem cada vez mais precoce.


• Segundo o psicanalista francês Jacques Lacan (Paris, 1901 – 1981), a família preside os processos fundamentais do desenvolvimento psíquico através de três mecanismos básicos.

• A 1ª educação:
Os pais são os modelos de comportamento.

Os adultos tem poder sobre as crianças. (Autoridade).

Dependência física e psicológica quase total.

• Aquisição da linguagem:
Ferramenta imprescindível.

Possibilita a compreensão da realidade.

Ao nascer, a mãe é o mundo.

• A repressão do desejo:
Tempo de espera para a satisfação dos desejos.

Limites impostos pela realidade, lidar com as frustrações.

Repressão dos impulsos agrtessivos e eróticos.

Aulas 7/8. Análise de ambientes culturais: a escola.

• Instituição social que faz a mediação entre o indivíduo e a sociedade. Com a educação a criança se humaniza, se socializa, aumentando assim sua autonomia.

• Evolução da escola:

Antiguidade – O meio social educa, aprende-se fazendo.
Idade média – Escola para as elites, religião e poder
Idade moderna – Ainda elitistas, porém mais técnicas.
Revolução industrial – Universalização do ensino, preparo para o trabalho.
Atualmente - Preparação visando suprir as necessidades sociais.


• Principais problemas:

• O abismo entre a escola e o meio social.

o Ao buscar a proteção das crianças e dos jovens contra os perigos sociais, a escola substitui a realidade social por uma realidade escolar fechada, criando um distanciamento do cotidiano.
o Com este modelo, a escola forma uma pessoa passiva perante o seu meio social, que não sabe aplicar os conhecimentos aprendidos para entender e atuar no mundo.


• A discutível utilidade do saber escolar.

o Segundo as teorias pedagógicas, o lugar social que o indivíduo ocupará na sociedade depende do grau de cultura que adquirir, atestando o saber através de diplomas, que se tornam passaportes para a vida social.
o O grau de cultura adquirido pela pessoa depende do lugar social ocupado por sua família, depende de sua classe sócio-econômica.
o Em muitos casos há um problema metodológico significativo: algumas escolas ensinam as respostas sem que se tenha feito perguntas, não há o estímulo para os alunos aprenderem a perguntar. Saber é perguntar e conhecer respostas.


• Como preparar os alunos para a vida real?

o A escola acredita que ao ensinar a cultura acumulada pela humanidade, conseguirá desenvolver nos alunos o que neles há de melhor.
o A escola cria indivíduos à imagem e semelhança dos valores sociais dominantes.
o A família ficou apenas com a formação moral de seus filhos, a escola vem substituindo as famílias na orientação para a vida sexual, profissional, social.
o As regras e normas não podem ser ensinadas como verdades absolutas, mas como “acordos sociais” para melhorar nossas relações.
o As rotinas escolares, as atividades e os conteúdos apresentados estão distantes da vida cotidiana dos alunos, que não vêem na escola qualquer utilidade para seu desenvolvimento.
o Apenas o discurso da sociedade e a exigência do diploma na hora de obter um emprego melhor lhes dão a certeza de que é preciso insistir.
o A vida escolar deve estar articulada com a vida social, é preciso injetar realidade na escola.
o Ignorar as diferenças é trabalhar para aprofundá-las.
o Valores básicos na sociedade capitalista como liberdade individual, autonomia, criatividade e capacidade de tomar decisões exigirão da escola uma abertura em seu conservadorismo e autoritarismo.
o Nem todos os conhecimentos escolares têm aplicação imediata, são úteis porque desenvolvem a possibilidade de reflexão e aumentam nossa compreensão sobre a realidade que nos cerca, que deve ser a finalidade principal da escola.

domingo, 16 de junho de 2013

Resumos Sociologia 2º médio ETIP (2ºtrim 2013)


Aulas 1, 2 e 3. A Globalização e a economia mundial.

Globalização: Processo de integração das diversas partes do globo através dos avanços tecnológicos, principalmente nos transportes e nas telecomunicações, que permitem encurtar as distâncias e , com isso, quebrar o isolamento das diferentes sociedades. Processo iniciado no final do século XV com as grandes viagens marítimas européias.

• Hoje, a globalização é o processo de integração econômica produzido pelas grandes companhias industriais, comerciais e financeiras do capitalismo mundial, as chamadas multinacionais.

• Os blocos econômicos:

1. Área de livre-comércio – Acordo que visa a adoção progressiva de tarifas alfandegárias comuns entre os países do bloco, com a redução ou eliminação dessas tarifas. Ex: NAFTA.
2. União aduaneira – É uma área de livre-comércio cujos países membros também adotam tarifa externa comum, ou seja, todos cobram os mesmos impostos, taxas e tarifas de importação de terceiros. Ex: MCCA.
3. Mercado comum – É um acordo mais amplo no qual, além de serviços e mercadorias, também permite a livre circulação de pessoas, bens e capitais. Ex: Mercosul.
4. União econômica e monetária – É quando os países de um mercado comum concordam em adotar uma moeda comum e alinhar suas políticas econômicas. Ex: União européia.

• O comércio mundial:

• Atualmente 10 países, do total de 196, concentram 63,2% do comércio mundial.


COMÉRCIO MUNDIAL ------------------------ PIB -------------------------- IDH
1. E.U.A.-------12,2%........ 1. E.U.A.-----15.094,0.... 1......... Noruega--------0,943
2. China--------11,0%........ 2. China-------7.298,1.... 2......... Austrália------0,929
3. Alemanha------8,9%........ 3. Japão-------5.869,4.... 3......... Holanda--------0,910
4. Japão---------5,5%........ 4. Alemanha----3.577,0.... 4......... E.U.A.---------0,910
5. França--------4,3%........ 5. França------2.776,3.... 5......... N. Zelândia----0,908
6. Holanda-------4,1%........ 6. Brasil------2.492,9.... 6......... Canadá---------0,908
7. Reino Unido---3,6%........ 7. Reino Unido-2.417,5.... 7......... Irlanda--------0,908
8. Itália--------3,5%........ 8. Itália------2.198,7.... 8......... Liechtenstein--0,905
9.Coréia do sul--3,5%........ 9. Rússia------1.850,4.... 9......... Alemanha-------0,905
10.Hong Kong-----3,1%........ 10. Canadá------1.736,8....10........ Suécia---------0,904
20. Brasil-------1,6%........ ------------------------ 84........ Brasil---------0,718

• Obs: Nem sempre o poder econômico garante a qualidade de vida da população.

Classificação econômica dos países do mundo.

• G-7 : Os 7 países mais ricos do mundo. ( E.U.A., Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Canadá). (Com a Rússia, aceita por causa do arsenal nuclear, forma o G-8).

• G-20
* BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China e África do sul.
* Emergentes: México, Austrália, Coréia do sul, Indonésia, Turquia, Arábia Saudita , Argentina.
* Representa aprox. 85% do PIB mundial, possui 66% da população mundial. e
participa com aprox. 80% do comércio mundial.

• Nessa competição desenfreada pelo maior espaço no mercado mundial, os países usam alguns recursos para garantir seu crescimento:
1. Barreiras alfandegárias – Tarifas de importação elevadas para proteger a economia nacional.
2. Outras barreiras – Técnicas (padrão de qualidade), sanitárias (condições de saúde) e ambientais (ameaças ao meio-ambiente).
3. Subsídios – Auxílio financeiro, direto ou indireto, concedido pelo governo de um país a produtores, por diversos motivos, buscando tornar-se mais competitivo nos mercados local e global.

Aula 4, 5 e 6. A OMC, Conceitos econômicos e o fluxo de capitais.

• OMC – Organização Mundial do Comércio
(WTO – World Trade Organization)

• Fundada em 1995 por 125 países, em dezembro de 2012 são 157 membros; a organização surgiu após quase 50 anos de negociações, que tiveram início em 1947 com o GATT (Acordo geral de tarifas de comércio) assinado por 23 países.
• Função – Regular a forma como os países realizam operações de compra e venda de bens e serviços, promovendo o livre comércio; estipular regras para o comércio mundial, funcionando também como um fórum de discussões e de disputas econômicas.
• Rodadas de negociação – Reuniões periódicas para tratar de assuntos econômicos. Rodada atual : Doha, no Catar, de 2001 a 2006 (suspensa, sem acordo), em 2010 houve uma tentativa de reabrir a rodada.
• Foco atual – Reclamação de países emergentes contra os subsídios concedidos Pelos E.U.A., pela União Européia e pelo Japão a seus produtores agrícolas.
• Em 2004, o Brasil entrou com processo contra o subsídio dos EUA aos produtores de algodão, a OMC deu ganho de causa ao Brasil em 2010.
• Até dezembro de 2011, o Brasil já havia entrado com 25 processos de acusação, tendo que se defender de 14 processos e participado de 67 mediações.
• Outros focos – Questão da propriedade intelectual (Lei de Patentes), biodiversidade (Transgênicos).

• Conceitos econômicos

Consenso de Washington – Reunião entre os líderes mundiais para decidir o futuro político e econômico do mundo no pós-guerra (1944), suas principais decisões foram: a criação do FMI (Fundo monetário internacional), liberalização econômica e a adoção do dólar dos EUA como padrão financeiro mundial.
Reservas monetárias – Quantidade de dólares guardados no Banco central de um país, é usado pelos governos para regular o fluxo de dinheiro e para o equilíbrio das taxas de câmbio.
Taxas de câmbio – Basicamente é o custo do dinheiro, ou seja, quanto deve-se pagar para comprar/vender dólares ou outra moeda. É estipulado pelos governos com base na “Lei da oferta e da procura” e reflete a competitividade do país no mercado mundial.
Câmbio flutuante – Valor de troca variável.
Política monetária – É a maneira com o governo de um país administra o valor de seu dinheiro e das operações financeiras, também controla o volume de dinheiro circulante, pode ser mais cautelosa ou mais agressiva.
Remessa de lucros – Dinheiro que as multinacionais enviam à suas matrizas em outros países.
Lei da oferta e da procura – Influencia diretamente o valor das mercadorias, é definido pelo volume de compradores, quanto mais oferta, mais barato e vice-versa, ou seja, quando muitas pessoas querem comprar, o preço sobe, quando poucas pessoas compram, o preço abaixa (promoções, liquidações, ofertas, …)


Se houver uma procura (demanda) muito grande de moeda, por exemplo por causa do crescimento da economia, ela se tornará escassa e as pessoas estarão dispostas a pagar um preço maior para poder adquiri-la ( mais juros).

Aumento de juros :
* Aumento das reservas monetárias, pois atrai investidores.
* Diminui o consumo interno, devido ao crédito mais caro.
* Possibilita um maior controle da inflação.
* Aumenta o lucro dos exportadores.


Queda de juros :
* Aumento dos investimentos produtivos.
* Aumenta o consumo interno, devido ao crédito mais barato.
* Risco de aumento da inflação.
* Aumenta o lucro dos importadores.

Obs: A taxa de juros básica é a mesma tanto para compra quanto para a venda de produtos.
No Brasil, a taxa básica de juros é a taxa SELIC, em dez/2012: 7,25%


Exemplo prático:

1. Suponha que um produtor de café no Brasil venda parte de sua produção para os E.U.A., ao concretizar a venda, ele recebe o pagamento em dólares, que para serem usados no Brasil devem ser trocados por reais (para pagar funcionários, impostos, ou comprar produtos). Se muitos produtores estão exportando significa mais oferta de dinheiro, ou seja, mais pessoas estarão vendendo dólares, o preço cai.

2. Imagine uma empresa que importa tecnologia, essa empresa compra máquinas no exterior e deve pagar em dólares, para isso ela deve trocar reais por dólares. Se muitas pessoas estão comprando dólares, aumenta a demanda (procura), o preço sobe.

Aula 7. As origens e o desenvolvimento da atual crise econômica mundial.

• 2001 – 2003 –

1. O Banco central dos E.U.A. (Fed) baixa a taxa de juros de 6,5% para 1,75% ao ano com o objetivo de estimular a economia norte-americana. Todos pagam menos por empréstimos e financiamentos, podem assim investir e consumir.
2. O mercado imobiliário dos E.U.A. expandiu-se rapidamente, um grande número de pessoas das classes populares fizeram empréstimos para comprar a casa própria, a indústria da construção civil aumentou a oferta, buscando captar esses recursos.
3. Os bancos que emprestaram dinheiro emitem títulos e negociam com outros bancos, e estes com outros, multiplicando o valor dos papéis.

• 2004 – 2007 –

1. Em outubro de 2004, o Fed começou a elevar a taxa básica de juros para captar recursos para diminuir o endividamento dos E.U.A. gerado pelos enormes gastos com as guerras do Afeganistão (2001) e do Iraque (2003). Aa taxa subiu para 5,25%.
2. As prestações das casas e dos empréstimos subiram muito, provocando enorme inadimplência; os bancos começaram a despejar os moradores que não pagavam, recolocando os imóveis à venda; mas começaram a sobrar imóveis no mercado e o preço deles despencou.
3. A queda do valor dos imóveis e a inadimplência derrubaram o valor dos títulos bancários, gerando uma crise financeira. O governo dos E.U.A. injetou dinheiro tentando conter as falências.

• 2008 – 2012 -

1. Mesmo com as medidas do governo, o maior banco de investimentos dos E.U.A., O Lehman Brothers quebrou e levou consigo várias instituições financeiras e de crédito.
2. Os investidores internacionais retiraram o dinheiro investido em imóveis e colocaram nas commodities (milho, trigo, soja,...); o aumento da procura provocou alta nos preços, o encarecimento do preço da comida levou mais de vinte países pobres ( quase todos da África) a enfrentarem uma crise de escassez de alimentos.
3. O mercado suspendeu as operações de crédito, sem crédito, as indústrias pararam de investir e os consumidores pararam de comprar, comprometendo o comércio mundial.
4. Os mais afetados pela crise foram: os países da União européia ( principalmente Grécia, Espanha, Portugal e Irlanda), a Coréia do sul, Cingapura,…
5. Os chamados países emergentes ( entre eles o BRIC), foram menos afetados, pois suas economias não estavam fortemente atreladas à economia dos E.U.A..

Resumos Filosofia 3º médio ETIP (2ºtrim 2013)


Aula 1. Introdução à Estética.

Estética: Do grego “aisthesis”, que quer dizer percepção sensível. É a ciência que estuda o belo e as artes.

• Conceitos:

o Sensibilidade – Capácidade de sentir e de perceber de forma sensível a realidade que nos cerca.
o Beleza – Qualquer coisa que provoque um prazer sensível, prioritariamente visual.
o Juízo de gosto – Capacidade de julgar algo belo.

• As qualidades das coisas são objetivas, as formas de perceber e de valorar são subjetivas

• Problema: Quais são os critérios que usamos para julgar algo ou alguém belo?

• Exemplos: valor material, utilidade, perfeição, prazer,…

• Concepções de arte:

o Artes e ofícios – Conjunto de procedimentos que permitem produzir algo, utilidade técnica. por exemplo: a arte médica, artesanato,…

o Belas artes – Têm por objetivo produzir e/ou representar a beleza. Utilidade de admirar algo belo. Por ex: música, pintura, …

• As sete artes clássicas:

o Pintura, escultura, poesia, música, teatro, dança e arquitetura (depois, o cinema).


Aula 2. A reflexão estética.

• “ O artista é aquele que fixa e torna acessível aos demais humanos o espetáculo de que participam sem perceber.” (Merleau-Ponty, França, 1908-1961).

• Pólos da atividade artística e principais características:

o AUTOR: Inspiração, ideia, sensibilidade e criatividade.
o OBRA DE ARTE: Mediação, representação, provocação, beleza.
o PÚBLICO: Contemplação, sensibilidade, entendimento, juízo de gosto.

• Questões relacionadas às características de cada parte envolvida na atividade artística:

o Que tipo de sensibilidade um artista deve ter ao criar uma obra de arte?
o Uma obra de arte contém beleza em si mesma, independente do público?
o Ao admirar uma obra de arte o que é mais importante? A sensibilidade ou o entendimento?

• A Criatividade pode ser entendida de duas formas:
o Senso comum - Dom especial, inato ao gênio criador.
o Psicologia/Filosofia – Capacidade de reestruturar o modo de compreender as coisas.

• Critérios para julgar uma ideia criativa: abrangência, novidade, relevância.

• A partir da criação da fotografia, do cinema e mais tarde da TV, surgem novas linguagens que subvertem as normas tradicionais, tornando mais difícil diferenciar o que é e o que não é arte.

Aula 3. Os grandes temas da Estética.

• A Estética, ou filosofia da arte possui três núcleos principais de investigação:

1. A relação entre Arte e Natureza.

• Nesta relação podemos entender a arte como:

o IMITAÇÃO – A arte imita a natureza. (Aristóteles).
A arte submissa à realidade e às regras.
O valor está na reprodução fiel ao original.

o CRIAÇÃO – A arte liberta-se da natureza.
A obra deve expressar sentimentos e emoções.
O valor está na inspiração, na originalidade e na genialidade.

o CONSTRUÇÃO – A arte subordina, determina a natureza.
A arte dá novos significados à realidade.
O valor está no sentido cultural, social.

2. A relação entre Arte e os seres humanos.

• Nesta relação podemos definir a arte como:

o CONHECIMENTO – A Arte como revelação da verdade.
É a via de acesso ao Universal.
Objetivo: conhecer algo ou direcionar uma atividade.

o ATIVIDADE PRÁTICA – Produção baseada no raciocínio.
É a forma mais sublime da técnica.
Objetivo: produzir algo.

o SENSIBILIDADE – Percepção que agrada desinteressadamente.
É a perfeição da sensibilidade.
Objetivo: a fruição prazeiroza da beleza.

3. Finalidades e funções da arte.

o FUNÇÃO PEDAGÓGICA – Meio para a educação moral da sociedade.
Fonte de inspiração religiosa.
Função de crítica social e política.

o ARTE COMO EXPRESSÃO – Revelação e manifestação da realidade.
Mostra outras dimensões do real.
É uma unidade simbólica e alegórica.


Aula 4. O pensamento político de Nicolau Maquiavel (1469-1527).

• Viveu intensamente os conflitos políticos de sua época, foi chanceler e embaixador de Florença numa Itália dividida em vários reinos e principados.

• Sua principal obra é “o príncipe” (1513-1516), que basicamente é um manual sobre como se deve governar as massas.

• Maquivel parte da política real de seu tempo, não da ideal.

• Críticas às ideias:
o Fundamento da política – Deus, a natureza ou a razão.
o Objetivos da política – O bem comum e a justiça.
o A boa política se faz com um príncipe virtuoso.

• Principais ideias:
o Não se pode contar com a boa vontade do homens, pois todos são egoístas e ambiciosos.
o A política é um fim em si mesmo.
o Se puder exerça o bem, mas deve-se saber usar o mal quando necessário.
o O objetivo da política é a tomada e a manutenção do Poder.
o A política é a lógica da força (virtú – virtude).
o “Os fins justificam os meios.” (finalidade principal: a estabilidade política).
o Maquiavel separa política de ética e direito.
o Sua filosofia expressa a realidade interna do poder.
o Governar é fazer acreditar.

Aula 5. A filosofia política de Thomas Hobbes (Inglaterra, 1588-1679)

• Formado em Oxford, esteve exilado na França durante a ditadura de Crownwell, conheceu Galileu, foi contemporâneo de Descartes e secretário de Francis Bacon.

• Sua principal obra: “O Leviatã”, publicada em 1651.

• Hobbes reuniu ideias do Racionalismo e do empirismo, partilhava do mecanicismo, rejeitando explicações metafísicas.

• Conceitos importantes:

1. Estado de natureza – Condição dos homens anterior á formação da sociedade civil.

2. Direito natural – É a liberdade que cada homem possui para usar seu próprio poder para a preservação de sua vida.

3. Estado – Homem artificial formado pela união de uma multidão em uma só pessoa, um soberano que representa a união das vontades da multidão.

• Teses de Hobbes:

1. Os homens são por natureza iguais, tem os mesmos desejos, procurando superar-se reciprocamente, tornando-se egoístas e violentos, capazes de qualquer coisa para conseguir seus objetivos.
2. No estado de natureza a vida humana é miserável, pois não há garantia nenhuma de sobrevivência e nem da satisfação dos desejos, é a guerra generalizada de todos contra todos. “O homem é o lobo do homem.”
3. A única maneira de garantir a vida humana e a satisfação pessoal é através da renúncia dos homens ao direito natural em favor de um poder suficientemente forte para garantir os pactos.
4. A sociabilidade humana não é natural, só é alcançada através de um pacto ou contrato em que a multidão confere força e poder absoluto a um soberano, com o objetivo de assegurar a paz e a prosperidade do grupo, formando assim o estado (o Leviatã – monstro bíblico).

• As teorias de Thomas Hobbes serviram de base para o Absolutismo europeu, muitos monarcas viram em suas ideias a justificativa racional para a centralização excessiva do poder em suas mãos.

Aula 6. As ideias políticas de John Locke (Inglaterra, 1632-1704)

• Viveu na Inglatera durante o conturbado século XVII, períiodo de governo da dinastia Stuart, neste período ocorre a guerra civil, o governo de Cronwell e a revolução gloriosa.

• Todo o século XVII ficou marcado pelos constantes conflitos entre a autoridade real e a autoridade do parlamento, além de conflitos religiosos entre católicos e protestantes.

• Principal problema político enfrentado por Locke = dar legitimidade às aspirações da burguesia ao poder político contra a influência da nobreza e do clero.

• Principais obras: Carta sobre a tolerância, os dois tratados sobre o governo civil e o ensaio sobre o entendimento humano.

• Conceitos:

1. Estado de natureza – Condição dos homens anterior á formação da sociedade civil, os homens nascem livres e iguais, todos tem o poder de punir os que forem contra o direito natural. ( este poder é necessário, pois os homens tendem a beneficiar a si mesmos e aos seus amigos e parentes).

2. Direito natural – Os homens tem naturalmente o direito a vida, a liberdade e a propriedade; estes bens necessários são válidos desde que sejam conseguidos através do trabalho, ou seja, o trabalho é a origem e o fundamento da propriedade.

3. Estado – Formado a partir de um contrato ( ou pacto) entre homens livres e iguais criando uma força coletiva para a execução das leis naturais.

• Para Locke as funções do Estado são:

1. Garantir o Direito natural, em especial a propriedade. ( esta ideia dá origem ao Liberalismo, nele o Estado deve respeitar a liberdade econômica dos proprietários).

2. Servir de árbitro dos conflitos da sociedade civil através da lei e da força.

3. Garantir a liberdade de consciência, ou seja, de pensamento, incluindo aí a tolerância religiosa.

• Esta teoria acaba por transformar o soberano no agente executor da soberania do povo, que tem o direito de se rebelar contra um eventual governo tirano.

• As ideias de Locke influenciaram os iluministas da Revolução francesa e os revolucionários norte-americanos que lutaram pela independência dos E.U.A.. Suas teses estão na base das democracias liberais.

Aula 7. A teoria política de Jean-Jacques Rousseau (Genebra, 1712-1778)

• Nasce na Suíça em uma família protestante, sua mãe morreu no parto e seu pai o abandonou aos dez anos, passa a levar uma vida errante, seu maior prazer eram os livros.

• Conviveu com os filósofos franceses Condillac e Diderot e com o inglês David Hume.

• A partir dos 45 anos começa a manifestar sinais claros de desequilíbrio mental, com sinais claros de desequilíbrio mental ( mania de perseguição), escreve suas obras com enorme carga emocional.

• Principais obras: Discurso sobre as ciências e as artes, Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens, Nova Heloísa, Emílio, O contrato social.

• Conceitos e idéias:

1. Estado de natureza – É um estado de plena felicidade, aonde os homens vivem de forma pacífica e independente, praticando uma bondade natural (idéia que deu origem ao mito do bom selvagem).

2. Para Rousseau, a corrupção humana começou com o advento da propriedade privada e com a instituição da sociedade. A sociedade em geral é marcada pela insegurança e pela violência, por causa das disputas por riquezas e poder.

3. A solução deste problema seria a realização de um contrato social, aonde os homens renunciariam ao seu poder em favor da Vontade geral, que é a união das vontades individuais em torno de interesses em comum.

4. Estado civil – É uma associação de homens livres formando um corpo coletivo, moral, que obedece as leis que prescreve para si mesmo. O governo nada mais é do que a expressão física desta vontade geral.

5. Segundo Rousseau, só a soberania popular é absoluta, perfeita e legítima. Porém, para que a população possa exercer este poder de forma adequada precisa necessariamente ser instruída, logo, no Estado de Rousseau, a educação exerce um papel fundamental.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Resumos Filosofia 2º médio ETIP (2º trim 2013)


Aula 1. Os filósofos pré-socráticos.

• Segundo os historiadores, a filosofia começou no início do século VI a.C., nas colônias gregas da Ásia menor (atual Turquia).

• A filosofia nasceu como uma Cosmologia, ou seja, com o conhecimento racional da ordem do mundo ou da natureza.

• A pesquisa filosófica na Grécia antiga se fazia através de “escolas”, que nada mais eram do que grupos de pensadores que compartilhavam ideias, dúvidas e costumes, em um verdadeiro centro de investigações.

• As cinco mais importantes escolas filosóficas da antiguidades eram:

1. Escola Jônica:

o Tales de Mileto – A água é a origem e a matriz de todas as coisas, tudo é um.
o Anaximandro – A substância primordial é o Ápeiron (infinito, indefinido), lei universal de justiça.
o Anaxímenes – O ar é o que move o mundo, transformações das coisas por condensação e rarefação.
o Heráclito de Éfeso – O mundo é um eterno devir, o fluso eterno de mudanças contínuas.

2. Escola Eleática:

o Parmênides de Eléia – O ser é, o não ser não é; distinção entre verdade e aparência.
o Zenão de Eléia – Nega a multiplicidade e o movimento, argumentos do absurdo, infinita divisibilidade.
o Melisso de Samos– O ser é infinito, incorpóreo e imutável, ele nega a experiência sensível.

3. Escola Itálica ou Pitagórica:

o Pitágoras de Samos – A substância das coisas é o número, a ordem é a perfeição.
o Filolau de Crotona – A forma geométrica das partículas determina a diversidade dos elementos.

4. Os físicos da pluralidade:

o Empédocles de Agrigento – O princípio do real é múltiplo, os quatro elementos, o amor une, o ódio separa, amor e ódio são forças cósmicas.
o Anaxágoras de Clazômenas – Há um princípio inteligível que é a causa da ordem do mundo, tudo é formado por partículas elementares (sementes).


5. Os atomistas:

o Leucipo de Mileto – O real é composto pela união e separação dos átomos, regida por uma razão necessária.
o Demócrito de Abdera – O ser é pleno, o não-ser é vazio, defende a ética e a felicidade, o respeito por si.


Aulas 2/3. Sócrates de Atenas (470 – 399 a.C.).

• Filho de um escultor (Sofronisco) e de uma parteira (Fenarete). As ocupações dos pais tiveram influência na sua atividade filosófica.

• Viveu durante o “Século de Péricles”, idade de ouro de Atenas. Aonde a democracia era o regime político vigente. Com a democracia direta, a função dos oradores na Ágora era fundamental.

• A principal função da educação grega era preparar o indivíduo para a vida pública, tornando-o um cidadão capaz de discutir sobre as questões da cidade.

• Os Sofistas eram professores de eloquência, bem remunerados, que se propunham a ensinar aos jovens o uso correto e hábil da palavra, não se importando se o que se falava era ou não verdadeiro, o objetivo era aprender a convencer os outros com suas ideias.

• Um dos mais importantes sofistas foi Protágoras de Abdera, cujo lema era: “O homem é a medida de todas as coisas.” Ou seja, são os seres humanos que inventam as verdades, logo ela é totalmente relativa, os valores humanos passam a ser meras convenções sociais.

• Ciência e missão de Sócrates:

o Xenofonte, um grande amigo de Sócrates fez uma consulta ao Oráculo de Delfos, perguntando: Qual o homem mais sábio de toda a Grécia? A resposta do Oráculo foi: Sócrates é o mais sábio.
o Ao saber disso, Sócrates estranhou a resposta: como posso ser sábio se tudo o que sei é que nada sei?
o Decide então investigar os atenienses para compreender a fala do Oráculo, questiona as pessoas que se julgam sábias e com maestria incomum, derruba argumentos e falsas ideias, demonstrando que os outros também não sabiam de nada, pois eles supõem saber algo que não sabem.
o Com ironia, Sócrates mostra às pessoas que elas ignoram a verdade, isso gera ódios e rancores contra ele. Os jovens da época entusiasmavam-se com esta prática.
o Sócrates se considerava encarregado da missão de despertar os homens para o conhecimento de si mesmos, sua pesquisa buscava descobrir a essência das virtudes e dos valores morais, buscava a verdade do conhecimento.

• O método socrático:

o Sócrates acreditava que a filosofia se faz através do diálogo, ele utilizava um método bem específico de dirigir suas investigações, constava de dois passos:
o A Ironia – Com o objetivo de eliminar as falsas opiniões, acabando com a ilusão de sabedoria.
o A Maiêutica – Parto de ideias, construção de novas ideias pelo diálogo.


• O julgamento de Sócrates:

o Com o passar dos anos, a atividade socrática passou a incomodar pessoas importantes de Atenas, em 399 a.C. foi levado a julgamento sob a acusação de corromper a juventude e de não acreditar nos deuses que a cidade acreditava.
o Durante o julgamento, narrado por Platão no texto: “a defesa de Sócrates”, o filósofo argumenta ao seu modo habitual, mas não consegue convencer a maioria da Assembléia e é condenado por uma margem pequena de votos.
o Condenado, é convidado a propor sua pena, ao que ele responde ser merecedor de prêmios e não de castigos, pois tornava os atenienses pessoas melhores.
o Sócrates foi condenado à morte por envenenamento com cicuta, aguardando a execução, ele se recusa a fugir, dizendo ser contra os seus princípios.


Aulas 4/5. Platão de Atenas (428 – 347 a.C.)

• Discípulo de Sócrates desde os 20 anos.

• Crítica à democracia ateniense após o julgamento de Sócrates.

• Escreveu 34 diálogos e 13 cartas, a maioria dos diálogos tem Sócrates como personagem principal.

• O conhecimento sensível é fonte de erro devido à natureza imperfeita, instável e corruptível da matéria.

• Os objetos e as ações humanas são limitados, não chegam a contemplar as ideias plenas e perfeitas.

• Platão divide a realidade em dois níveis:

1. O mundo sensível - material, cópia imperfeita

2. O mundo inteligível - Ou mundo das ideias, o reino das formas, o ser.

• Platão utiliza mitos e alegorias para demonstrar suas teorias, em seus diálogos três mitos são destacados:
o A alegoria da Linha dividida.
o O mito de Er, ou a teoria da reminiscência.
o O mito da caverna.

1. A alegoria da linha dividida:



2. O mito de Er, ou a teoria da reminiscência:

• Este mito, relatado no livro X da "República", conta a história de Er, um guerreiro que após morrer em batalha obteve permissão para voltar à vida, contando aos vivos o que se passava no além.
• Segundo ele, as almas passavam por um processo aonde poderiam escolher a vida que teriam na Terra, após a escolha, esta era gravada na alma, tornando-se assim o destino desta alma, após isso era necessário passar pelas águas do rio Lethe, para esquecer a escolha feita.
• Platão utiliza este mito para explicar nossa passagem pelo mundo das ideias e como não podemos fugir das consequências de nossas escolhas, devemos pois escolher sempre o bem.
• Como consequência disso, para Platão, conhecer é lembrar-se das ideias plenas e perfeitas que já contemplamos um dia, quando estivemos no mundo das ideias.

3. O mito da caverna:

• Um dos mitos mais conhecidos de Platão é o da caverna, segue abaixo um desenho com os elementos básicos do mito.












• Uma possível interpretação dos elementos:
o O cativo - somos nós, o senso comum.
o As sombras – a realidade física, aparente.
o O muro e os fantoches – a manipulação da realidade aparente.
o O fogo – a fonte artificial da realidade aparente.
o O mundo exterior – a verdadeira realidade, o mundo das ideias.
o O sol – é a ideia do bem, a fonte da verdade.
o O liberto – representa o filósofo, aquele que tem a coragem de olhar para outra direção, buscando a verdade e não se deixando guiar pelas sombras.

• O mito, ou alegoria da caverna representa o difícil caminho rumo ao conhecimento verdadeiro; libertar-se do mundo sensível e contemplar as ideias do mundo inteligível são as difíceis missões do filósofo, encarregado de ensinar essa tarefa aos homens.


Aulas 6/7. Aristóteles (Macedônia, 384 – 322 a.C.) – Vida e obra.

• Nasce na Macedônia, poderoso reino ao norte da Grécia.
• Ingressa na Academia platônica aos 17 anos, foi aluno de Platão por 20 anos, um dos mais brilhantes.
• Morte de Platão em 347 a.C., Aristóteles sai da Academia por discordar dos rumos que a escola estava tomando.
• Aos 41 anos torna-se preceptor do jovem Alexandre Magno, filho de Felipe II, coroado rei sete anos depois.
• Em 335 a.C. funda o Liceu em Atenas, o nome é uma homenagem ao deus Apolo.
• Produziu escritos de Lógica, Metafísica, Ética, Política e de várias outras áreas (economia, poética, física, história, matemática, biologia, psicologia,...)

O caráter sistemático e rigoroso de suas idéias o tornou a grande autoridade filosófica e científica dos medievais, ele era “o filósofo”, o construtor de uma teoria universal e permanente.

• PRINCIPAIS IDEIAS:

• A realidade é uma só, as formas das coisas são imanentes, ou seja, estão dentro delas, fazem parte da sua natureza.
• A Substância é o ser, é a realidade permanente.

• Devir (fluxo) :
Potência – Possibilidades reais. (ex: o mármore)
Ato – Realização de uma ou mais possibilidades. (ex: a estátua)

• A teoria das quatro causas:

o Material – A matéria física. Ex: a madeira/ os remédios.
o Formal – A idéia da forma. Ex: a forma da mesa/ o tratamento.
o Eficiente – O botão de“start” Ex: o marceneiro/ o médico.
o Final – A finalidade do ato. Ex: a utilidade/ a cura.

• A causa final de toda a realidade é o 1º motor. (se verificarmos a causa das coisas, e depois disso as causas destas causas e assim por diante, chegaremos até o infinito: a causa da causa da causa..... ; isto não é possível, logo deve haver uma primeira causa para tudo).

• O conhecimento para Aristóteles:


FORMAS SENSÍVEIS ----- SENSAÇÃO ----- MARCA ----- FANTASIA, MEMÓRIA, EXPERIÊNCIA


O conhecimento sensível é base para o conhecimento inteligível.

Resumos Filosofia 1º médio ETIP (2º trim. 2013)


Aula 1. Ética e moral.

• Em nossa vida vivemos ou presenciamos certas situações que nos afetam profundamente, como por exemplo:

o Nos indignamos com atos injustos.
o Sentimos vergonha, remorso ou culpa por um ato impulsivo.
o Nos emocionamos com atos de sacrifício, de heroísmo ou de dignidade.
o Sentimos horror diante da violência extrema.

• Todos esses sentimentos exprimem nosso senso moral.

Senso Moral: É um sentido interno do que seja bom ou mau, certo ou errado; todas as pessoas o possuem, independente de sua índole.

• Porém, existem situações que não apenas provocam sentimentos, mas exigem uma postura, uma decisão de nossa parte, como por exemplo:

o Uma pessoa querida está com uma doença incurável, vivendo por máquinas e sofrendo dores intoleráveis.
o Uma adolescente carente descobre que está grávida e não tem condições financeiras, físicas e nem emocionais para cuidar do filho.
o Um funcionário de uma grande empresa descobre que seu chefe, a pessoa que o contratou está roubando a firma, desviando dinheiro e cobrando propina dos fornecedores.

• A pergunta que se coloca nas três situações descritas acima é: o que fazer? Desligar ou não os aperelhos? (eutanásia) Fazer um aborto ou tentar criar o filho? Denunciar ou chantagear o funcionário corrupto?

• Situações como essas nos deixam em dúvida quanto a decisão a tomar, qual é a ação correta? Elas colocam à prova nossa consciência moral.

Consciência moral: É a capacidade de agir de acordo com os princípios morais que adoramos, é a chamada “voz da consciência”.

• A partir disso podemos analisar melhor as definições formais de moral e ética.

Moral: Conjunto de valores referentes ao bem e ao mal, ao certo e ao errado, válidos para todas as pessoas de uma comunidade, classe social ou um grupo de indivíduos.

Ética: Pode ser entendida como uma reflexão cujo objetivo é discutir e interpretar o significado e a importância dos valores morais, sendo chamada de “filosofia moral”.



Aula 2. Os valores.

• Em toda comunicação que fazemos estamos sempre nos referindo a algo, esta referência ocorre na forma de juízos, que podem ser afirmativos, negativos, interrogativos ou imperativos.

Juízos:

o De fato – Enuncia a constatação de algo.
(Ex: Alice é aluna do ETIP.)
o De valor – Enuncia o resultado de uma interpretação ou avaliação de algo.
(Ex: Alice é uma ótima aluna do ETIP.)

• Os valores expressam a maneira como nos relacionamos com o meio em que vivemos. “Dar valor é atribuir significados.”

Valores:

o Relativos – Os valores são criações culturais, dependem da relação das
pessoas com o mundo.
o Absolutos – São únicos, não dependem de nenhuma condição, por exemplo:
O bem, o belo, a verdade, a justiça, a felicidade,…

OBS: Os valores citados acima podem ser considerados absolutos, o que é relativo é como cada um os interpreta, cada pessoa tem sua visão de felicidade, mas o desejo por ela é universal. O mesmo ocorre com os outros valores.

• Os valores determinam nossas escolhas, ou seja, valor é a atitude de não indiferença, é você se posicionar a favor ou contra algo, é não ficar em cima do muro, é decisão!


Aula 3. As virtudes morais.

• Virtude:
o Do grego areté – significando excelência.
o Do latim virtus – significando força.

• Sentido geral: Capacidade ou habilidade para fazer algo.
• Sentido moral: Disposição firme e constante para a prática do bem.

• Tipos de virtudes:
o Físicas – Força, resistência, agilidade,…
o Intelectuais – Memória, criatividade, raciocínio lógico,…
o Teológicas – Fé, esperança e caridade.
o Morais – Coragem, moderação, calma, orgulho, honestidade, generosidade, justiça,…

• O oposto da virtude é o vício, podemos pecar por falta ou por excesso. Por exemplo, a falta de coragem é a covardia, e o excesso de coragem é temeridade.

• A virtude da Justiça segundo Platão:

o Texto-base: “A República”, livro II, parágrafos 17 e 18.
o Tema - Qual é a natureza e a origem da Justiça?
o Explicado através do mito de anel de Giges, que conta a estória de Giges, o lídio que encontrou um anel da invisibilidade, com o poder do anel ele seduziu a rainha, matou o rei e se tornou o novo soberano.
o Platão usa este mito para explicar a tendência humana à prática da injustiça.

• A injustiça:
o Fazer sem punição é o maior bem.
o Sofrer sem reação é o maior mal.

• Segundo Platão, a origem das leis está no medo das pessoas de sofrer injustiças.

• Se dermos liberdade total de ação para o justo e para o injusto, os dois tentarão levar vantagem sobre os outros, pois essa é a natureza humana.

• Conclusão: Ninguém é justo por vontade própria, mas por obrigação.


Aula 4. As paixões humanas.

• O ser humano é:
o Um animal racional, sua essência é pensar.
o Um ser de desejo, sua essência é querer.

• Desejo:
o Impulso, energia, vibração.
o Inclinação poderosa que leva à ação, apetite sensível.
o Implica sempre na falta de algo.
o Satisfação das necessidades com prazer.
o Nasce da imaginação.
o Oferece à vontade os motivos para agir.

• Vontade:
o É o ato de querer.
o É uma ação voluntária, força de vontade.
o Apetite racional, exige deliberação, avaliação.
o Nasce da reflexão.
o Educa o desejo, direciona ações e finalidades.

• Tanto o desejo como a vontade são inclinações que levam à ação, mas enquanto o desejo busca saciar um apetite sensível, a vontade se refere a uma decisão racional.

• Desejo é paixão, vontade é decisão.

• PAIXÃO: Do grego pathos, significa: sofrer, suportar, deixar-se levar.

o Se refere aos fenômenos passivos da alma.
o O oposto da paixão é a apatia (ausência de sentimentos).
o Visão negativa – Fraqueza humana, perturbação da alma, algo que deve ser controlado.
o Visão positiva – Faz parte da natureza humana, motiva a ação, não se pode evitar ou negar, mas pode-se compreender.
o A paixão surge independentemente da nossa vontade, isto é, não podemos ter ou não ter paixão.
o É uma inclinação incontrolável, a Razão não tem forças para controlar as paixões.
o Segundo Spinoza, uma paixão só pode ser vencida por outra paixão mais forte.


Aulas 5/6. Os grandes sistemas éticos da história antiga.

1. A ética materialista dos antigos gregos.

• Para os antigos gregos, a ética é um saber prático, para este saber, o agente, a ação e a finalidade de agir são inseparáveis.

• Princípios da vida moral:

1. Por natureza aspiramos ao bem e a felicidade, só atingidas pela virtude (grego: areté).
2. A virtude é uma força interior do caráter, consiste na escolha consciente do bem.
3. A conduta ética se refere ao que é possível e desejável para nós.
4. A ação virtuosa é conseguida agindo conforme a razão (que conhece o bem) e a natureza
( o Cosmos e a humana).
5. Julgamos uma ação ética pelos seus efeitos materiais, ou seja, pelas consequências reais.
6. Dedicar-se ao conhecimento do bem é o que determina uma atitude ética.

2. A ética cristã.

• O cristianismo é uma religião individual que se define pela fé num único Deus.
• A vida ética não se define por sua relação com a sociedade, mas por sua relação espiritual e interior com Deus.
• As principais virtudes cristãs são: a fé e a caridade.
• Livre-arbítrio: o primeiro impulso humano é para o mal, pois somos fracos para resistir às tentações, a vontade humana é impotente, precisa do auxílio divino.
• Qual é este auxílio divino? A lei divina revelada, expressa pelo texto bíblico.
• O cristianismo introduz na moral o conceito de Dever; temos o dever de obedecer a Lei divina, pois a revelação define eternamente o que é o Bem e o mal, a virtude e o vício, a salvação e o castigo.
• Este dever não se refere apenas às ações, mas às intenções, que passam a ser julgadas eticamente, ou seja, a intenção de fazer o mal, mesmo sem agir já é pecado.
• O cristianismo oferece um caminho seguro para a vontade fraca superar suas limitações e conseguir a salvação da alma.


Aula 7. A ética racionalista de Spinoza.

2. A ética racionalista de Baruch de Spinoza ( Holanda, 1632-1677).

• As paixões humanas não são nem boas, nem más, são apenas naturais, sendo as principais a alegria, a tristeza e o desejo.
• Conatus – Desejo de auto-conservação, instinto de sobrevivência, poder para existir.
• As paixões alegres ( amor, esperança, piedade,…) aumentam o Conatus, as paixões tristes ( ódio, orgulho, inveja, medo,…) diminuem o Conatus.
• É possível vencer as paixões negativas pelas positivas modificando a direção do desejo rumo a objetos que aumentem a força do Conatus.
• Ter virtude é ser a causa interna das ações, dos pensamentos e dos sentimentos.
• Ter vícios significa submeter-se às paixões, deixar-se dominar por causas externas.
• Para Spinoza, o bem e o mal não existem de forma absoluta, são palavras que usamos para classificar a maneira como as coisas nos atingem.
• Ser ético é ser livre, o homem livre é aquele que, conhecendo as leis da natureza e as do seu corpo, não se deixa vencer pelo exterior, mas sabe dominá-lo, ser a causa de si mesmo.
• Spinoza prega o amor intelectual de Deus, ou seja, a paixão positiva guiada pela consciência de nosso ser na compreensão de Deus, isto é, da totalidade. Deus é a natureza.