domingo, 31 de março de 2013

Resumos Sociologia 2º médio ETIP (1º trim - parte 2)

Aula 4. O longo caminho para se aprovar uma lei no Brasil.

1. Projeto de lei –
o Pode ser proposto por qualquer cidadão brasileiro, devendo ser apresentado ao congresso por um dos deputados ou senadores em exercício.
o Podem ser projetos de :
 Leis ordinárias – Leis comuns aprovadas por maioria simples.
 Leis complementares – Leis que regulamentam/completam leis já existentes, aprovadas por maioria absoluta.
 Emendas à constituição – Propõem alterações na lei maior do país, aprovadas por 3/5 do congresso.
o A Constituição brasileira permite o projeto de lei popular, que pode ser apresentado por 1% do eleitorado nacional (em 2010, 1.358.045) em pelo menos cinco estados com no mínimo 0,3% em cada um.

2. Comissão parlamentar –
o Grupos temáticos que analisam a viabilidade, a abrangência e a constitucionalidade do projeto.
o Existem atualmente 20 comissões permanentes, por exemplo: educação, saúde, transportes, impostos, economia, cultura, justiça, comunicações,…

3. Votação no plenário –
o Após a aprovação do projeto nas comissões vai para a análise dos parlamentares e para a votação no plenário.
o Índices para aprovação:
 Leis ordinárias/complementares – Deve ser aprovado uma vez em cada casa legislativa por maioria simples ou absoluta.
 Emendas à constituição – Deve ser aprovado duas vezes em cada casa legislativa, aprovadas por 3/5 do congresso.
o Em caso de alterações no texto da lei, recomeça o trâmite, voltando para a análise dos parlamentares, caso seja aprovado segue para o presidente.
Obs: Maioria simples: ½ +1 dos parlamentares presentes à sessão.
Maioria absoluta: ½ + 1 de todos os parlamentares.

4. Sanção presidencial –
o O presidente da República analisa o projeto que pode:
o Ser aprovado - Vira lei após a publicação no Diário Oficial da União.
o Ser rejeitado – Total ou parcialmente, neste caso, o projeto volta para o Congresso que analisa o Veto presidencial, podendo derrubá-lo com 2/3 do total de votos. ( atualmente, 342 dep. Federais e 54 senadores).

Aulas 5/6. Breve histórico das eleições no Brasil.

Brasil colônia (1530-1822):
o Domínio da Coroa portuguesa, cargos importantes nomeados.
o Eleição para conselhos municipais das vilas, com voto aberto.
o 1ª eleição local – 1532 – para o conselho municipal da vila e São Vicente.
o 1ª eleição geral – 1821 – para os representantes brasileiros nas cortes de Lisboa.

Brasil Império (1822 – 1889):
o Voto censitário – Necessário ter uma renda mínima para votar e ser votado.
o Só podiam votar homens livres, maiores de 25 anos, católicos e com renda própria.
o Primeiros partidos: Conservador, Liberal, Progressista, Republicano.
o Participação política: +/- 1,5 a 3,0% da população.

República velha (1889 – 1930):
o Eleições diretas para presidente, governadores e prefeitos.
o Só podiam votar homens alfabetizados com 21 anos ou mais.
o Voto aberto e voto de cabresto. ( manipulação dos eleitores).
o Partidos estaduais: Partido republicano paulista, mineiro, baiano, gaúcho,…
o Participação política: +/- 3,0% da população.

Era Vargas (1930 – 1945):
o Criação da Justiça eleitoral, órgão público para organizar as eleições.
o Voto secreto e obrigatório aos 18 anos.
o Pela primeira vez no Brasil, aprovado o voto feminino. (em 1932).
o Durante o Estado novo (1937-1945) não há eleições, só nomeações.
o Participação política: +/- 6,5% da população.

Período democrático (1945 – 1964):
o Eleições gerais diretas, quatro presidentes eleitos ( Dutra, Getúlio, JK, Jânio).
o Cédulas únicas e seções eleitorais fixas.
o Treze partidos políticos: PSD, UDN, PTB, PCB, …
o Participação política: +/- 22% da população.

Regime militar (1964 – 1985):
o Eleições presidenciais Indiretas – Colégio eleitoral.
o Bipartidarismo: Arena (governo) e MDB (oposição).
o Governadores e prefeitos de capitais nomeados.
o Em 1979, pluripartidarismo: PDS, PDT, PT, PTB e PMDB.
o Em 1982 eleições diretas para governadores e senadores.
o Lei Falcão (1976-1984) proibição de debates políticos e propaganda eleitoral uniformizada.
o Senadores biônicos, com 1/3 do Senado nomeado pelo governo.
o Participação política: +/- 31 a 49% da população.

Nova república (1985 – …):
o Pluripartidarismo, em 2012 haviam 29 partidos registrados na Justiça eleitoral.
o Eleições diretas para presidente a partir de 1989.
o Direito de voto aos analfabetos e voto facultativo aos 16 anos.
o Horário eleitoral gratuito na TV e no rádio (tempo proporcional ao tamanho do partido político ou da coligação de partidos).
o Eleições em dois turnos para presidente, governador e prefeitos em cidades com mais de 200 mil eleitores.
o É permitida uma reeeleição para cargos do poder Executivo.
o Em 2000 eleições totalmente informatizadas.
o Participação política: +/- 57,2 a 71,2% da população. ( em 2010, 136 milhões).

Obs: Presidentes eleitos na Nova república:

1989 – Fernando Color de Mello (PRN) – 35.089.998 de votos.
1994 – Fernando Henrique Cardoso (PSDB) – 34.364.961 de votos.
1998 – Fernando Henrique Cardoso (PSDB) – 35.936.382 de votos.
2002 – Luis Inácio Lula da Silva (PT) – 52.793.364 de votos.
2006 – Luis Inácio Lula da Silva (PT) – 58.295.042 de votos.
2010 – Dilma Vana Roussef (PT) – 55.752.529 de votos.


Aula 7. Partidos políticos e ideologias.

Ideologia: É um grupo de ideias que motiva as pessoas a determinada ação, tem influência social. Nesse sentido podemos falar em ideologias: política, religiosa, racial, econômica, social,…

Partido político: Grupo de pessoas unidas por uma identidade de propostas, ideias ou metas para aplicar seus projetos na administração da sociedade. Para disputar qualquer cargo político deve-se obrigatoriamente estar filiado a um partido.

• Espectro político brasileiro:

o Esquerda:
 Propostas: Economia socializada (estatização), Estado forte e interventor, prioridade a politicas sociais.
 Correntes: Socialismo, social-democracia, comunismo, anarquismo,…
 Extrema-esquerda: PSTU, PCO, PSOL, PCB,…
 Esquerda: PC do B, PDT, PSB, PT,…
 Centro-esquerda: PSDB, PPS, PV,…

o Direita:
 Propostas: Liberalismo econômico (privatização), estado mínimo, prioridade a políticas econômicas.
 Correntes: Nacionalismo, democracia-cristã, liberalismo,…
 Extrema-direita: PR, PT do B,…
 Direita: Dem, PP, PSDC,…
 Centro-direita: PTB, PSL,…

o Centro:
 Propostas: Os partidos de centro normalmente propõem mesclar propostas da direita e da esquerda, se afastando dos extremos.
 Centro: PMDB, PSD, PSC,…


Principais partidos políticos brasileiros:

o Maiores: PT, PMDB, PSDB.
o Grandes: Dem, PP, PR, PSB, PDT, PTB.
o Médios: PPS, PC do B, PV, PSC, PSD.
o Pequenos: PSOL, PRB, PMN, PRTB, PT do B, PHS, PRP, PTC, PSL.
o Micros: PSTU, PCB, PSDC, PCO, PTN, PPL.

Obs: O critério usado para classificar os partidos foi o número de políticos ocupando cargos em algum dos três poderes nas esferas federal, estadual e municipal.
(Fonte: Almanaque Abril 2012.)

quinta-feira, 28 de março de 2013

Resumos Sociologia 1º médio ETIP (1º trim - parte 2)


Aula 4. Os primeiros sociólogos e os “fatos sociais”.

Ambiente propício ao surgimento da sociologia:
o Cenário industrial urbano, com novas relações de trabalho.
o Nova configuração econômica da sociedade capitalista ( mercado consumidor, salários, lucros,…)
o Infra-estrutura precária em saúde, educação, moradia, transportes,…
o Caos social com violência, alcoolismo, miséria e desorganização social.

Auguste Comte (França, 1798 – 1857):
o Professor de matemática, filósofo e secretário de Saint-Simon, um socialista utópico; foi o primeiro a mencionar a necessidade de se estabelecer uma ciência responsável pela compreensão da sociedade.
o Fundação da “Física social” com o objetivo de adaptar o método científico da física às ciências humanas e sociais.
o Estabelecimento da Ciência positiva – método empírico de ciência com observações, experiências e leis universais e necessárias.
o Principal lema: Ordem e progresso, com o objetivo de manter o controle para atingir o desenvolvimento.

Émile Durkheim (França, 1858 – 1917):
o Professor de sociologia, transformou a sociologia em ciência reconhecida como tal.
o Desenvolveu as regras do método sociológico.
o O sociólogo deve ser imparcial, tratando os fatos sociais como “coisas”.
o A sociedade é maior do que os indivíduos.
o O principal objeto de estudo desta ciência são os “fatos sociais”.

Fatos sociais:
o São maneiras coletivas de agir, pensar e sentir impostas pela sociedade. Todos os processos de interação humana são fatos sociais.
o Características dos fatos sociais: Exterior, coercitivo e geral.

Ver apostila 1, páginas 14 e 15.

Aula 5. Ciência e sociologia.

• A sociologia é uma ciência que pretende construir uma consciência capaz de analisar criticamente os problemas sociais.

• No mundo atual o excesso de informação domina a atenção e reduz a capacidade de pensar, a questão que se coloca é: como selecionar e assimilar as informações realmente úteis e importantes para nós?

• O conceito de “Alienação” é fundamental para se fazer uma análise precisa da sociedade capitalista.

• Alienação é uma palavra originária do latim, vem do verbo “in alio”, que significa separar-se de.., pode apresentar pelo menos quatro significados: jurídico, psicológico, religioso ou sociológico.

• Ser alienado hoje refere-se à postura e indiferença do indivíduo diante das problemáticas sociais tais como: corrupção, violência, desrespeito, imoralidade,…

Obs: ver Apostila 1, páginas 22, 23 e 24.


Aula 6. Grupos e tribos.

• Todos somos “seres sociais”, participamos de grupos de acordo com nossas escolhas culturais, que abrangem: costumes, crenças, religião, linguagem,…

• Fatores que motivam as pessoas a se reunirem em grupos ou tribos:

o Necessidade de afeto, de reconhecimento.
o Objetivos em comum.
o Comportamentos semelhantes, personalidades compatíveis.
o Preferências culturais: músicas, filmes, esportes, roupas,…

• Tribo urbana é o nome dado a um grupo de pessoas com hábitos, valores culturais, estilos musicais ou ideologias políticas semelhantes. Por exemplo: ecléticos, punks, rappers, clubbers, roqueiros, góticos, surfistas, otakus,…

• Participar de uma tribo urbana é uma forma de sinalizar aos outros o que se é, ou não é, geralmente envolve ídolos, roupas, acessórios,…

• Ao entrar em um grupo, uma pessoa está em busca de sua própria identidade. “Quem sou eu?” é a pergunta a ser respondida.

Obs: ver Apostila 1, páginas 28, 29 e 33.

domingo, 24 de março de 2013

Resumos Filosofia 2º médio ETIP (1º trim parte 2)


Aula 4. O quadrado dos opostos da Lógica medieval e o silogismo científico.

• Os lógicos medievais criaram uma figura conhecida como o quadrado dos opostos, que busca sistematizar as relações entre proposições, ou seja, como se relacionam entre si os quatro tipos básicos de proposições.







OBS: Nos casos das proposições contraditórias, quando uma é verdadeira a outra é sempre falsa, e vice-versa.


O silogismo científico.


• Para que um silogismo possa ser considerado válido ou científico deve obedecer quatro regras, conforme elas as premissas devem ser:

o Verdadeiras – E não apenas possíveis.
o Primárias – Indemonstráveis, óbvias.
o Inteligíveis – São evidentes, entendíveis.
o Causa – Causa necessárias da conclusão.

Exemplos:
1ª premissa – O todo é um conjunto inteiro.
2ª premissa – O conjunto inteiro é formado por partes.
Conclusão – Logo, o todo é maior do que as partes.

1ª premissa – As retas r e p são paralelas.
2ª premissa – As paralelas nunca se tocam.
Conclusão – Logo, as retas r e p nunca se tocam.

Aula 5. A lógica simbólica.

• A matemática possui símbolos próprios, inconfundíveis, universais; a Lógica também deveria ser uma linguagem perfeita, totalmente purificada das ambiguidades da linguagem cotidiana.

• Segundo o alemão Leibniz e o inglês Hobbes, “o raciocínio é um cálculo”, ou seja, quando raciocinamos, simplesmente somamos, subtraímos, multiplicamos ou dividimos ideias, cabendo à Lógica estabelecer as regras universais desse cálculo.

• O matemático alemão Gottlob Frége (1848/1925) contruiu uma linguagem simbólica artificial baseada em símbolos e regras gerais.

• Símbolos:
o Ʌ = e.
o V = ou.
o → = se … então, ou implica em…
o ↔ = se e somente se…
o ≈ = não.
o Є, Ɇ = pertence, não pertence.

Exemplos:
Todo homem é mortal. ( A Є B)
Sócrates é homem. ( X Є A).
Logo, Sócrates é mortal. (X) ( X Є A) ( X Є B). (Lê-se: para todo X, X pertence a A implica que X pertence a B).

Se Deus existe, o mal não existe.
Mas, o mal existe.
Logo, Deus não existe.

(A ≈ B), (mas B) (logo, ≈ A).

• A lua é quadrada e a neve é branca. (A Ʌ B).
• A lua é quadrada ou a neve é branca. (A V B).
• Se a lua é quadrada então a neve é branca. ( A B).
• A lua é quadrada somente se a neve é branca. (A B).
• A lua não é quadrada. (≈ A).

Aula 6. O cálculo proposicional.

• A lógica moderna transforma uma proposição em uma equação entre um sujeito e um predicado.

• O cálculo proposicional consiste em estabelecer os procedimentos pelos quais podemos determinar a verdade ou a falsidade de uma proposição, de acordo com sua ligação com outras proposições.










Resumos Filosofia 3º médio ETIP (1º trim parte 2)

Aula 4. Metafísica: análise das essências segundo Aristóteles.

Segundo Aristóteles, a realidade é composta de vários tipos de seres, cada um com sua essência específica.

1. Essência do seres físicos ou naturais – São matéria em ato, existentes; ocupam lugar no espaço, estão sempre em transformação dentro do ciclo do Devir, ou seja, são finitos.

2. Essência dos seres humanos – São seres vivos racionais com corpo físico, dotados de vontade e de linguagem abstrata, tem alma.

3. Essência dos seres matemáticos – Não tem existência material, são formas das coisas naturais, não se transformam e nem desaparecem, são infinitos.

4. Essência de um ser perfeito – Eterno, imutável, superior a tudo o que existe, o ser divino, chamamos de Deus. Para Aristóteles, o primeiro motor imóvel do mundo é a realidade primeira e suprema.

Aula 5. Teoria do conhecimento.

• Área da Filosofia que estuda a questão do conhecimento humano, logo, suas principais questões são:

1. Como ocorre o processo do conhecimento?
2. Qual o alcance e os limites do conhecimento humano?
3. Como garantir que um conhecimento é verdadeiro?

• O processo do conhecimento ocorre na Relação entre Sujeito e Objeto.


FONTES E FORMAS DO CONHECIMENTO =

• SENSAÇÃO (Matéria dos sentidos: imagens, sons, cores,…).
• PERCEPÇÃO (Organiza as sensações e forma representações).
• IMAGINAÇÃO (Estabelece relações entre imagens).
• MEMÓRIA (Permite o acesso às percepções passadas).
• LINGUAGEM ( Forma de expressão das ideias).
• RACIOCÍNIO ( Atos intelectuais ligados, operações mentais).
• INTUIÇÃO ( Compreensão global e instantânea de algo).

CONHECIMENTO:
SENSÍVEL --- Experiência --- Aparência --- Certeza
(empírico)

INTELECTUAL --- Razão --- Essência --- Verdade
(inteligível)


Aula 6. Epistemologia moderna.

• A Epistemologia, que é o desenvolvimento da antiga Teoria do conhecimento, investiga os limites, as possibilidades, as origens e os tipos de conhecimento, porém, seu
maior objeto é o conhecimento especializado e metódico que chamamos de Ciência.

MÉTODO:

o Tem origem grega, significa “seguir um caminho”.
o Constitui o conjunto de procedimentos necessários para orientar determinada atividade ou pesquisa.
o Exemplos: método dedutivo, método experimental, método indutivista,…

TEORIAS CIENTÍFICAS:

• Com o método, o cientista procura conhecer Leis universais que expliquem certos fenômenos particulares, o encadeamento dessas leis e de fatos faz surgir as Teorias científicas.

Como se elabora uma teoria científica:

• Primeiramente, o cientista seleciona um FATO, visto como um PROBLEMA a ser resolvido. Com a OBSERVAÇÃO dos fatos criam-se HIPÓTESES, que devem guiar as EXPERIÊNCIAS, essas experiências devem comprovar ou não as hipóteses, com resultados positivos, o cientista extrai LEIS necessárias, que ao serem encadeadas formam as TEORIAS científicas.

O que é uma teoria científica?

• É um sistema ordenado e coerente de proposições ou enunciados baseados em um pequeno nº de princípios, cuja finalidade é descrever, explicar e prever do modo mais completo possível um conjunto de fenômenos, oferecendo suas leis necessárias.

• Podemos citar como exemplos: a teoria da evolução, a teoria do Big bang ou a teoria da relatividade de Einstein.

A ciência do século XVII:

• O desenvolvimento científico do século XVII foi fundamental para a construção da ciência moderna, pois os pressupostos ali colocados serviram de base para tudo o que foi feito a partir daí.

• Pressupostos:
o Matematização da natureza – Explicação de eventos naturais através das relações matemáticas existentes.
o Adoção do método experimental – Não confiar apenas nas teorias, mas fazer experimentos que as comprovem.
o Pensamento mecanicista – O Universo é considerado uma grande máquina, aonde todos os seus elementos estão conectados.
o Novos objetivos - Aa ciência passa a ter como objetivo ampliar o poder dos homens sobre a Natureza.

• A partir do século XVII há uma mudança radical de postura intelectual, com a adoção dos pressupostos citados, o homem passa a ter poder sobre a Natureza, fabricando novas verdades.


Aula 7. A oposição entre o Racionalismo e o Empirismo.

O RACIONALISMO:

• Doutrina filosófica inaugurada pelo francês René Descartes (1596-1658), faz do sujeito do conhecimento o fundamento de toda a verdade.
• A Razão é a luz natural inata que permite o acesso à verdade.
• A verdade é uma característica das ideias e não das coisas.
• A frase considerada símbolo do Racionalismo é o cogito cartesiano: “Penso, logo existo.” ( a primeira verdade é a minha existência enquanto um ser pensante).

• AS IDEIAS INATAS:
• Descartes defende a existência de “ideias inatas”, que por serem puras (livres dos sentidos) só podem existir porque já nascemos com elas.
• Exemplos: Infinito, tempo, espaço, Deus, relações matemáticas,.. (intuições intelectuais).

O EMPIRISMO:

• Doutrina filosófica que encontra o seu auge nos séculos XVII e XVIII na Inglaterra com Francis Bacon, John Locke e David Hume.
• A Razão, a verdade e as ideias são adquiridas por nós através da experiência sensível, antes da experiência, nossa mente é como uma “folha em branco”.

• A ORIGEM DAS IDEIAS:
• As sensações formam a percepção, a associação das percepções formam as ideias.
• Temos o hábito de fazer associações; para Hume a razão é o hábito de associar ideias.

PROBLEMAS:

• Do Racionalismo: Se as ideias são inatas, porque mudam? (A razão muda e prova que certas ideias são falsas.)

• Do Empirismo: Se as ciências são apenas hábitos, não possuem objetividade (verdade?), o conhecimento empírico é uma ilusão. (Impossibilidade do conhecimento objetivo da realidade).

sexta-feira, 8 de março de 2013

Resumos Filosofia 1º médio ETIP (1º Trim.parte 2)


Aula 4. Questão filosófica: análise de conceitos.

Se o que determina nossas escolhas de vida são as idéias que temos, então, o que determina essas idéias? Somos realmente livres para pensar e a partir daí fazermos nossas escolhas? (Prof. Élio Augusto)

•Em Filosofia uma pergunta nunca é apenas uma pergunta, ela se refere sempre a um Problema.

Esquema da questão:


* ALTERNATIVAS ------------ ESCOLHAS ------------- IDEIAS (VALORES)

* ORIGEM DAS IDEIAS = CONHECIMENTO: (SENTIDOS E RAZÃO)

* LIBERDADE?


•O esquema acima reproduz a relação entre as ideias e os conceitos presentes na questão. Analisaremos no sentido anti-horário começando pelo conceito de Alternativas:

•As alternativas que surgem em nossa vida nos impulsiona a fazermos escolhas, estas escolhas tem por base as nossas ideias, mas não quaisquer ideias, e sim as que representam nossos valores, escolhemos o que valorizamos.

•Mas, qual a origem das nossas ideias? Temos ideias daquilo que conhecemos, o conhecimento nos chega através de duas fontes: os sentidos e a razão.

•A questão que se coloca é: Somos realmente livres? Ou seja, esta sequência de ideias se dá livremente ou é pré-determinada pelo meio social?


Aula 5. Análise do conceito de Escolha.


Escolha ---------- Possibilidades ------------ Liberdade


O conceito de Escolha segundo Platão:

• O Mito de Er (Platão): Mito relatado na obra “A República” - livro X.

• Conta-se a história de Er, um valoroso guerreiro que teve a permissão de voltar do mundo dos mortos para contar o que viu.
• Er viu que, após a sentença dos juízes, as almas iam para o céu ou para o Tártaro, e se necessário, reencarnavam na Terra, e o tipo de vida que levariam era escolhido pela própria alma.
• As almas tinham liberdade para escolher o tipo de vida que quisessem, essa escolha era gravada na alma pelo fuso da necessidade.
• Após a escolha, as almas mergulhavam nas águas do Rio Lethe (esquecimento), para esquecer o ocorrido.


O conceito de Escolha segundo Aristóteles:

• Aristóteles definia a Escolha a partir de suas distinções, ou seja, a partir do que ela não era.
ESCOLHA NÃO É:
* Desejo: (Os animais também desejam)
* Vontade: (Querer o impossível).
* Opinião: (Induz ao erro).

• Então, o que é Escolha?

• Escolha é razão, é a deliberação de coisas possíveis, deliberamos sobre meios e não sobre fins.

• Aristóteles ressalta a responsabilidade da escolha!


Aula 6. Análise do conceito de Ideia.

• Ideia é o produto do pensamento: intuição e raciocínio.

• Intuição = É uma compreensão global e instantânea de uma verdade, de um
objeto ou de um fato.

Tipos de Intuição:

* Sensível – Conhecimento direto e imediato das qualidades sensíveis do objeto externo. (é singular).

* Intelectual – Conhecimento direto e imediato dos princípios da razão e das relações necessárias entre seres ou entre ideias (é universal e necessária).

* Emotiva – Além do sentido e do significado de algo, capta também o seu valor.


• Raciocínio: São vários atos intelectuais ligados, formando um “processo do
conhecimento”. Utiliza-se de alguns procedimentos racionais: dedução,
indução, análise, síntese,...


• Realismo:
– Afirma a existência objetiva ou em si da realidade externa como uma realidade racional. (Razão objetiva).


• Idealismo:
– Afirma a existência da Razão subjetiva, ou seja, o que chamamos de realidade é apenas o que podemos conhecer através da nossa razão.


Aula 7. Análise do conceito de Liberdade.

• O que está e o que não está em nosso poder?

• Até onde alcança o poder da nossa liberdade?

Liberdade = Problema

• Liberdade como:
Necessidade: Se a Realidade natural/cultural tem leis necessárias e regras obrigatórias, elas não dependem de nós.(Liberdade?).

Contingência: Se tudo é um puro acaso, como exercer a Liberdade se tudo é imprevisível? (deliberação e decisão, um barco perdido)


• As três grandes concepções de Liberdade:

1. Ausência de condições e de limites – Ato voluntário de escolha
entre alternativas possíveis, é um ato da vontade livre, sem
barreiras.(Aristóteles/Sartre)

2. Consciência da necessidade – Autodeterminação, ou seja,
determina a si próprio, não é escolha mas, atividade necessária do todo, conforme a ordem do mundo.(Spinoza/Marx)

3. Possibilidade ou escolha – Limitada e condicionada, ou seja,
finita, somos livres quando temos o poder para sê-lo.É uma
Liberdade relativa. (Platão/Hume)

• A Liberdade é o mais belo sonho dos seres humanos!