segunda-feira, 30 de abril de 2018

Resumos Sociologia 3º médio ETIP (2º trim)


Aulas 1/2. A sociologia de Max Weber (Alemanha, 1864-1920)

  • Professor universitário, desenvolveu estudos de direito, filosofia, história e economia.
 

  • Principais obras:       
    • A ética protestante e o espírito do capitalismo. (1905). 
    • Economia e sociedade. (1922).

  • Para Weber, a pesquisa histórica é essencial para a compreensão das sociedades.

  • Funda a chamada “sociologia compreensiva”, de caráter racionalista, considerando a ação individual como ponto de partida para a compreensão da realidade social.

  • Ação Social : Conduta humana (ato, omissão, permissão) dotada de um significado subjetivo, que orienta o agente de acordo com o comportamento dos outros, ou seja, o seu caráter social. Segundo Weber, há quatro tipos ideais, ou puros de ação social:

    1. Racional com relação a um objetivo : Projeto para agir. Ex: Um professor planejando a aula, um engenheiro desenhando a planta de um prédio.
    2. Racional com relação a um valor : Fidelidade a valores políticos, religiosos. Ex: um capitão que afunda com seu navio, um ataque terrorista.
    3. Emocional  ou afetiva: Reação emocional por medo, inveja, vingança,… Ex: brigas de torcidas.
    4. Tradicional : Ação por hábitos, crenças ou costumes. Ex: participar de cerimônias de casamento, funeral.

A sociologia de Weber busca compreender a ação social através do sentido que o sujeito atribuiu à sua própria ação, ou seja, quer entender o sentido subjetivo das condutas sociais.

·         Weber analisa as regras e normas sociais como resultado do conjunto de ações individuais, das decisões pessoais. Ex: Uma religião existe por que muitas pessoas adotam estes valores, uma campanha comunitária acontece através da decisão pessoal de cada participante.

·         A análise do capitalismo :

·         A expansão do capitalismo moderno, cujo início ocorreu no século XIV com o renascimento comercial só foi possível a partir da expansão da religião protestante, em especial o Calvinismo, que pregava:

o   Ter lucro não era mais pecado, a usura era permitida.
o   O trabalho é o meio mais eficiente para se atingir a graça divina, a Salvação.
o   O ascetismo é valorizado, deve-se ter disciplina e auto-controle.
o   A prosperidade material é uma prova da predestinação, ou seja, algo que indica que Deus escolheu certa pessoa para ser salva.


O protestantismo proporcionou a formação de uma nova mentalidade, um conjunto de valores e hábitos fundamentais que criaram um ambiente propício a expansão do capitalismo.
Obs: A reforma de Lutero teve início em 1517, e o Calvinismo surgiu em 1534.

Aula 3. Sociologia brasileira: Modernização e desenvolvimento.

  • A reflexão sociológica no Brasil sempre se preocupou com a natureza, o sentido e os desdobramentos da modernização. Este tema teve um papel relevante, afinal o próprio processo histórico que deu origem ao Brasil estava impregnado por esse conceito.

  • Costuma-se utilizar o ano de 1850 como um marco divisor para a modernidade brasileira, mas o que aconteceu neste ano para justificar esta afirmação?

  • Brasil em 1850 – Monarquia parlamentarista com amplos poderes do imperador D. Pedro II, aproximadamente 9 milhões de habitantes, população eminentemente rural, produção agrícola, instalação das primeiras ferrovias  e principalmente a extinção do tráfico negreiro pela Lei Eusébio de Queiroz.

  • A extinção do tráfico foi um marco rumo a modernidade, pois permitiu ao país se livrar deste verdadeiro “fardo colonial”, símbolo do atraso. Foi o primeiro grande passo para a modernização do Brasil.

  • Modernidade – Processo de mudanças econômicas, políticas, sociais e culturais que ocorre em países da periferia do sistema capitalista, na medida em que esses países se direcionam para padrões mais complexos de organização social e política.

  • As principais referências de modernidade desde o início do século XX são os E.U.A. e a Europa ocidental, sua forma de organização era o modelo ideal a ser seguido por qualquer país que se pretenda “moderno”. Conceitos como democracia, industrialização e urbanização passaram a ser sinônimos de modernidade.

  • Existe no Brasil uma visão preconceituosa de que o progresso ou a modernidade só teve realmente início com a imigração européia.

  • Segundo muitos sociólogos ocorreu no Brasil uma chamada “modernização conservadora”, houve um grande progresso econômico acompanhado de um atraso social, as antigas estruturas políticas e sociais do passado foram mantidas, persistindo mecanismos sociais de exclusão e políticas de dominação.

Aulas 4/5. Os grandes sociólogos brasileiros.

·         Podemos dizer que existe realmente uma sociologia brasileira e não apenas uma sociologia no Brasil, pois os grandes nomes buscavam estudar o Brasil, sua formação, suas características e suas relações com o mundo. Os nomes de maior destaque são:

  • Euclides da Cunha (RJ, 1866 – 1908):

    • Autor de “os sertões” (1902), livro que conta a história da Guerra de Canudos no sertão nordestino.
    • Nesta obra, Euclides nos mostra a miséria e o isolamento da população nordestina.
    • Faz um diagnóstico do subdesenvolvimento nacional, mostrando a existência de “dois Brasis”.
    • Apesar do autor não ser um sociólogo acadêmico, sua obra serviu de base para muitos estudos sociológicos.

  • Gilberto Freyre (PE, 1900 – 1987):

    • Jornalista, poeta e escritor pernambucano.
    • Autor de Casa grande e senzala (1933), Interpretação do Brasil (1947), Ordem e progresso (1957) e outras obras.
    • Faz uma profunda análise das relações sociais entre os senhores de engenho e os escravos.
    • Freyre interpreta a história através de fatos da vida cotidiana.
    • Sua obra deu origem ao mito da democracia racial no Brasil, a ideia de que as várias raças convivem em harmonia na sociedade brasileira.

  • Sérgio Buarque de Holanda (SP, 1902 – 1982):

    • Historiador, crítico literário e jornalista.
    • Principais obras: Raízes do Brasil (1936), Visão do paraíso (1959), História geral da civilização brasileira (1961).
    • Defendeu a ideia da inata cordialidade do brasileiro, a hospitalidade, a generosidade, a espontaneidade são traços definidos do caráter brasileiro.

  • Florestan Fernandes (SP, 1920 – 1995):

    • Professor de sociologia exilado durante o regime militar.
    • Foi responsável pelo desenvolvimento da “Sociologia crítica” no Brasil.
    • Nesta linha de pensamento não basta mostrar os problemas sociais, é necessário opinar, criticar, propor, sugerir.
    • Principais obras: “Fundamentos empíricos da investigação sociológica”, “ A integração do negro na sociedade de classes.”, “ A revolução burguesa no Brasil.”

  • Darci Ribeiro (MG, 1922 – 1997):

    • Antropólogo, escritor e político exilado durante o regime militar.
    • Seus principais temas de estudo foram a educação e os indígenas brasileiros.
    • Questão-chave: a busca da identidade nacional, o que é “ser brasileiro”.
    • Estudo crítico da miscigenação e das relações de poder.
    • Obras: “Culturas e línguas indígenas do Brasil”, “Os brasileiros – teoria do Brasil”, “O povo brasileiro – a formação e o sentido do Brasil”.

  • Herbert José de Souza – Betinho (MG, 1935 – 1997):

    • Sociólogo e ativista dos direitos humanos.
    • Criou e dirigiu o projeto “ação da cidadania contra a fome, a miséria e pela vida”.
    • Obras: O Estado e o desenvolvimento capitalista no Brasil (1977), Como se faz análise de conjuntura (1984).
    • Segundo Betinho, só a participação cidadã é capaz de mudar o país.

  • Octávio Ianni (SP, 1926 – 2004):

    • Sociólogo e professor universitário.
    • Buscou compreender as diferenças sociais, as injustiças a ela associadas e os meios de superá-las.
    • Especializou-se na análise do populismo, do imperialismo e na crítica à nova ordem global.
    • Principais obras: Homem e sociedade (1961), Escravidão e racismo (1978), A sociedade global (1992), Pensamento social no Brasil (2004).

Aulas 6/7. Os três poderes da república e outros poderes.

OS TRÊS PODERES:

  • A Constituição do Brasil reconhece três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. A existência destes poderes e a ideia de que haja um equilíbrio entre eles é uma característica fundamental das democracias modernas.

  • Os três poderes são independentes, mas atuam em conjunto, isto para evitar a concentração de poder nas mãos de uma única pessoa.

  • Poder Executivo: Exercido pelo presidente da república, pelos governadores de estado e pelos prefeitos, a eles cabe governar, administrando os recursos públicos e executando obras essenciais à população. Contam com a ajuda de equipes especializadas, os ministros, secretários estaduais e secretários municipais.

  • Poder Legislativo: Exercido em âmbito federal pelo Congresso nacional, composto de duas casas, o Senado e a Câmara dos deputados. Em âmbito estadual, são os deputados estaduais reunidos na Assembleia legislativa e, no âmbito municipal são os vereadores que elaboram as leis do município, reunidos na Câmara municipal.

  • Poder Judiciário: Cabe ao poder judiciário interpretar as leis elaboradas pelo Legislativo e promulgadas pelo Executivo, devendo aplica-las em diferentes situações e julgar quem não as cumpre.

  • Além destes, outros poderes não oficiais se fazem presentes na sociedade, são instituições que exercem influência significativa junto à população.

O QUARTO PODER:

  • A Imprensa já foi caracterizada como o quarto poder, uma instituição com capacidade de mobilizar a sociedade e de denunciar abusos de poder, em uma democracia, os jornalistas e os meios de comunicação consideram um dever importante denunciar eventuais violações da lei e de direitos.

  • A sociedade dispunha deste “quarto poder” para criticar, rejeitar, resistir e denunciar democraticamente, as decisões injustas ou ilegais de ocupantes dos outros poderes.

  • Porém, nos últimos quinze anos, à medida que a globalização liberal avança, este “quarto poder” se viu esvaziado, perdendo pouco a pouco sua função de denúncia, pois a mídia, de modo geral virou uma mercadoria, um produto a ser consumido, e ao atender os interesses dos anunciantes ou patrocinadores perde sua neutralidade.

  • Grande parte dos jornais, revistas e sites de notícias fazem parte de grandes empresas e corporações que têm ligações com governos e com as elites econômicas.

O QUINTO PODER:

  • A cidadania se expressa por meio da participação política, que é, ao mesmo tempo, um direito e um dever do cidadão.

  • A participação política não se restringe apenas a assuntos públicos do Estado e a votar nas eleições, é muito mais abrangente que isto. Cada cidadão deve acompanhar os candidatos eleitos, fiscalizar, cobrar, denunciar e sugerir.

  • Com o advento e a popularização da internet, surgem novas formas de participação política, assim surge um novo poder no cenário político e social.

  • A imprensa tradicional tem ao seu lado um eclético e emergente quinto poder, formado pelos novos protagonistas da comunicação digital, surge um novo ator dentro da arena da comunicação política.

  • O quinto poder seria um aglomerado difuso dos novos produtores independentes de notícias e informações, pessoas que postam informações em blogs, tuites e sites comunitários.

  • Algumas características deste quinto poder:

    • Rapidez e alcance das informações – Um post pode atingir milhares de pessoas em minutos.
    • Caráter militante – As pessoas usam os posts para defender opiniões e preferências políticas.
    • Ausência de objetividade e de fundamentação – Muitos posts não aprofundam os assuntos com análises mais coerentes e sólidas.
    • Anonimato – Quem posta notícias pode se apresentar com um pseudônimo ou com um “nome fantasia”, não se identificando.
    • Falta de fontes – Não se costuma citar fontes viáveis das informações, para sabermos se um post é verdadeiro, temos que checar as fontes. 

  • A internet pode ser um poderoso instrumento para mobilização popular, vimos isso na famosa primavera árabe e nos protestos brasileiros de junho de 2013.

  • Primavera árabe - onda revolucionária de manifestações e protestos que ocorreram no Oriente Médio e no Norte da África a partir de 18 de dezembro de 2010. Houve protestos e revoluções nos países: Tunísia, Egito, Líbia, Síria, Iraque, Iêmen e em mais 16 países. Teve como principais consequências seis governos derrubados e três guerras civis (Síria, Iraque e Líbia). As redes sociais tiveram um papel fundamental na mobilização popular.

  • Manifestações de junho de 2013 - foram várias manifestações populares por todo o Brasil que inicialmente surgiram para contestar os aumentos nas tarifas de transporte público, principalmente nas principais capitais. Calcula-se que mais de um milhão de pessoas em mais de 400 cidades participaram do movimento. São as maiores mobilizações no país desde as manifestações pelo impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello em 1992, e chegaram a contar com até 84% de simpatia da população.

  • O avanço do “quinto poder” pode nos levar a algumas importantes questões:

    • Qual o papel da imprensa em uma democracia?
    • Quais as possibilidades de uso da internet no exercício da cidadania?  


Resumos Sociologia 2º médio ETIP (2º trim)

Aula 1. A Escola de Frankfurt

  • Um grupo de pensadores fundou em 1923 o “Instituto de pesquisa social” na Alemanha, com o objetivo de buscar explicações para as profundas transformações sociais ocorridas à época, dando ênfase aos aspectos culturais. 
  • Panorama histórico: Período de expansão do capitalismo monopolista e das ideias socialistas e totalitaristas, logo após a 1ª guerra mundial (1914-1918) e a revolução russa (1917-1922). 

·         Principais influências:       
                O marxismo em suas várias formas (análise das formas de domínio).                 
                A psicanálise de Freud, (análise dos comportamentos).




  • Nomes:

    * Max Horkheimer (1895-1973).
               * Theodor Adorno (1903-1969).           
               * Walter Benjamim (1892-1940)
               * Herbert Marcuse (1898-1979)
               * Jurgen Habermas (1929- )
               * Erich Fromm (1900-1980).




  • Questões    
    • Entender as relações que movimentavam as massas.     
    • * Análise crítica dos meios de comunicação.
    •  * Aperfeiçoar o movimento revolucionário marxista. 
    • Crítica à ideologia capitalista.          

  • Conceitos:

    • Cultura de massa – Conjunto de manifestações culturais que não está ligado a nenhum grupo social específico, pois é transmitido de maneira industrializada para o público em geral por intermédio dos meios de comunicação de massa.
    • Indústria cultural – Produção industrializada de bens culturais em larga escala para atender o grande público.

A indústria cultural vende cultura; para vendê-la, deve seduzir e agradar o consumidor; para isso não pode chocá-lo, provocá-lo, fazê-lo pensar, mas deve devolver-lhe com nova aparência, o que ele já sabe, já viu, já fez. O expectador “médio” é o senso comum cristalizado.
No capitalismo tudo é mercadoria, inclusive as obras de arte. Segundo Adorno, massificar a arte é banalizar a expressão artística e intelectual, ou seja, vulgarizar. 

·         A indústria cultural inverte/subverte o sentido da arte:

                    ARTE                                           INDÚSTRIA CULTURAL
1.    Expressão do talento do autor ----- reprodução repetitiva.
2.    Momento de criação ------------------ produtos para o consumo rápido.
3.    Experimentar o novo ----------------- consagrar o padrão.
4.    Provocar, chocar, incomodar ------- lazer e diversão, satisfazer os
                                                                     Sentidos.


Aula 2. Propaganda e sociedade de consumo.

·         Ver texto1 – O papel da propaganda na sociedade de consumo. (pág. 26).
·         Ver texto 2 – Sociedades de consumo – Criando necessidades, (pág. 27, 28 e 29).
·         Ver exercícios 3 e 6 da pág. 29;  7,9,10,12,14 e 15 da página 30 e 17 e 20 da pág. 31. 

Aula 3. Análise dos meios de comunicação de massa.

·         Os programas de rádio/TV são feitos introduzindo uma divisão do público e dos horários, isto é feito para atender as exigências dos patrocinadores.

·         A desinformação é o principal resultado da maioria dos noticiários, assistir regularmente estes noticiários pode provocar na maioria das pessoas:

o   Falta de localização espacial – Perda das referências , China = Paraíba.
o   Falta de localização temporal – Perda da relação causa/consequência. Só existe o “Agora”.

A TV/rádio ( e a internet) podem oferecer-nos o mundo inteiro num instante, mas o fazem de tal maneira que o mundo real desaparece, restando apenas retalhos fragmentados de uma realidade desprovida de raiz no espaço e no tempo.

  • Efeitos da mídia      
    • * Dispersão da atenção, criando o hábito de pensar fragmentado.
    • * Inversão entre a realidade e a ficção.
    • * Infantilização do público, que não suporta a distância temporal entre o desejo de consumir e a satisfação dele.
    • * Autoritarismo – Intimidação social, com os especialistas  que nos         ensinam a viver. 
  • Com isso, a mídia transforma o público em uma massa inculta, infantil, desinformada e passiva.
Aula 4.  O que é poder?

  • Texto-base: “O que é poder”, Gerard Lebrun, São Paulo, Abril cultural, 1984.

  • Conceitos prévios:
o   Potência – Possibilidade imediata de ação.
o   Força – Canalização da potência, é a sua determinação.

  • Definições de poder:
    • Max Weber – Oportunidade de impor sua vontade, dominação, sistema de ordem e obediência.
    • Talcott Parsons – Ter poder é ter autoridade reconhecida pelo grupo, baseia-se no consenso.
  • Segundo Lebrun, há um falso consenso, pois a submissão civil não implica na aceitação da autoridade. A certeza de impunidade mostra como é frágil o respeito pela autoridade.
  • Considerações sobre o poder:
o   Quando se fala em obediência política, a coerção está sempre presente.
o   O poder é uma mercadoria rara, só o possuímos as custas dos outros.
o   Nenhuma organização política funciona sem dominação.
o   O grande problema político está em determinar e adequar a dominação aos valores.

  • “O poder não é um ser com existência própria, é o nome atribuído a um conjunto de relações que existem em todo corpo social.” (Michel Foucault)

  • Segundo Lebrun, como é possível a resignação dos homens aos excessos de poder? Talvez por um sentimento popular de exclusão natural do poder, ou seja, são eles que dominam e nós não temos força para mudar isso, pois é uma relação natural.

  • “O poder é uma fatalidade inevitável, ser cidadão equivale a ser obediente, estar em um verdadeiro adestramento.” (David Hume)

  • Segundo Lebrun, a resignação ao poder não faz parte da natureza humana, é uma construção cultural elaborada pelos detentores do poder para justifica-lo.
Aula 5. Poder e autoridade.

  • Ver texto Pitágoras 1 – Poder e autoridade. (página 46).
  • Ver texto Pitágoras 2 – O Estado e a dominação. (páginas 47 a 50).
  • Autoridade: direito ou poder de se fazer obedecer, de dar ordens, tomar decisões, agir.
  • Tipos de autoridade:
    • Autoridade jurídica – Imposta por obrigação aos subordinados, podem ser dividida em: autoridade formal (normas de uma estrutura) e autoridade operativa (procedimentos internos).
    • Autoridade moral – Surgida naturalmente da reconhecida superioridade de um indivíduo, pode ser dividida em: autoridade técnica (conhecimentos específicos) e autoridade pessoal (valores e atitudes).

  • Concepções de poder segundo:
    • Karl Marx – Poder é a capacidade de uma classe social realizar os seus interesses, os seus objetivos específicos.
    • Hanna Arendt – O poder é o oposto da violência, a violência acontece quando  se dá a perda de autoridade e de poder.
    • Maquiavel – É obrigação do governante conquistar e manter o poder, adotando quaisquer estratégias para isso.

·         “O estado e a dominação segundo Marx, Weber e Durkheim.

·         Marx entende o Estado como uma relação entre a infraestrutura (base econômica) e a superestrutura (instituições jurídicas e políticas). O Estado nasce da luta de classes.

·         O Estado é uma instituição em processo de centralização burocrática, militar e policial que oprime a sociedade e exprime o poder da classe dominante. O Estado é a forma de dominação de uma classe sobre as outras.
·         Weber define o Estado como uma comunidade humana que pretende o monopólio do uso legítimo da força física dentro de determinado território. O Estado é a única fonte do direito de uso à violência

·         Para Weber existem três tipos puros de dominação legítima:
o   Dominação tradicional – Obediência por hábito, por costumes naturais.
o   Dominação carismática – Obediência pela crença nas qualidades superiores do líder, pelo seu carisma.
o   Dominação legal – Obediência às leis aceitas por todos.
          
  • Durkheim define que o Estado deve garantir a organização moral da sociedade, e esta determina quem faz parte do Estado.

  • Existe, para Durkheim uma relação de dependência mútua entre o Estado e a sociedade, o indivíduo é produto da sociedade, mas só se torna real com a atuação do Estado.

Aula 6. Sociologia política.

  • Sociologia política =  É a parte da sociologia que faz a análise dos fenômenos políticos a partir de seus condicionantes sociais. Parte do pressuposto de que o comportamento social não é natural.

  • Mas, o que é política? Como fazer política?

  • Política = Esfera da sociedade em que diversos grupos lutam entre si para interferir nas decisões das autoridades administrativas.

  • Fazer política = Militância partidária, votar nas eleições, participar de sindicatos e assembleias, passeatas e protestos, abaixo-assinados; notar que se desinteressar por política também é uma forma de fazê-la, desde que seja feita de uma forma consciente, como um protesto por exemplo.

  • POLÍTICA É O CONFLITO DE INTERESSES.  

        GOVERNO -------------- Organiza e administra ----------------- SOCIEDADE

        SOCIEDADE ------------ Exerce influência ----------------------- GOVERNO