Aulas 1/2.
A Escola de Frankfurt
- Um grupo de pensadores
fundou em 1923 o “Instituto de pesquisa social” na Alemanha, com o
objetivo de buscar explicações para as profundas transformações sociais
ocorridas à época, dando ênfase aos aspectos culturais.
- Panorama histórico: Período de expansão do
capitalismo monopolista e das ideias socialistas e totalitaristas, logo
após a 1ª guerra mundial (1914-1918) e a revolução russa (1917-1922).
·
Principais
influências:
O marxismo em suas várias formas (análise
das formas de domínio).
A psicanálise de Freud,
(análise dos comportamentos).
- Nomes:
* Theodor Adorno (1903-1969).
* Walter Benjamim (1892-1940).
* Herbert Marcuse (1898-1979).
* Jurgen Habermas (1929- )
* Erich Fromm (1900-1980).
* Entender as relações que
movimentavam as massas.
- Questões * Análise crítica dos meios de
comunicação.
* Aperfeiçoar o movimento
revolucionário marxista.
* Crítica à ideologia
capitalista.
- Conceitos:
- Cultura de massa – Conjunto de manifestações
culturais que não está ligado a nenhum grupo social específico, pois é
transmitido de maneira industrializada para o público em geral por
intermédio dos meios de comunicação de massa.
- Indústria cultural – Produção industrializada de
bens culturais em larga escala para atender o grande público.
A indústria cultural vende
cultura; para vendê-la, deve seduzir e agradar o consumidor; para isso não pode
chocá-lo, provocá-lo, fazê-lo pensar, mas deve devolver-lhe com nova aparência,
o que ele já sabe, já viu, já fez. O expectador “médio” é o senso comum
cristalizado.
No capitalismo tudo é mercadoria,
inclusive as obras de arte. Segundo Adorno, massificar a arte é banalizar a
expressão artística e intelectual, ou seja, vulgarizar.
·
A
indústria cultural inverte/subverte o sentido da arte:
Expressão do talento do autor -------- Reprodução repetitiva.
Momento de criação --------------------- Produtos para consumo rápido.
Experimentar o novo -------------------- Consagrar o padrão.
Provocar, chocar, incomodar ---------- Lazer e diversão, satisfazer os sentidos
Aulas 3/4.
O Surrealismo
- O Surrealismo foi um
movimento artístico e literário nascido em Paris na década de 1920,
inserido no contexto das vanguardas que viriam definir o modernismo no
período entre as duas guerras mundiais.
- Fortemente influenciado
pelas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud (Áustria, 1856-1939),
o Surrealismo enfatiza o papel do inconsciente na atividade criativa. Um
de seus objetivos foi produzir uma arte que, segundo o movimento, estava
sendo destruída pelo Racionalismo.
- O poeta e crítico francês André
Breton (1896-1966) foi o principal líder e mentor deste movimento.
- Outros representantes: A.
Artaud, Luís Buñuel, Salvador Dali, René Magritte, Pablo Picasso, Juan
Miró, Max Ernst.
- Características – Combinação do
representativo, do abstrato, do irreal e do inconsciente. Segundo os
surrealistas, a arte deve se libertar das exigências da lógica e da razão
e ir além da consciência cotidiana, procurando expressar o mundo do
inconsciente e dos sonhos.
- Os Surrealistas rejeitavam a
chamada ditadura da razão e os valores burgueses como pátria, família,
religião, trabalho e honra. Para eles, a imaginação é mais importante do
que a razão.
- A partir da leitura de
Freud, os surrealistas mergulharam na ideia de que a verdade estava nos
sonhos, uma forma de linguagem que
nos abre o acesso ao inconsciente, onde estão guardados os
pensamentos e desejos mais profundos do homem. É nessas manifestações do
inconsciente, nessa ligação entre o real e o imaginário, que o artista
surrealista vai buscar sua inspiração.
- Humor, sonhos e a contra
lógica (Irracionalidade) são recursos a serem utilizados para libertar o
homem da existência utilitária. As ideias de bom gosto e decoro devem ser
subvertidas.
- Mais do que um movimento
estético, o Surrealismo é uma maneira de enxergar o mundo, uma
vanguarda artística que transcende a arte. Busca restaurar os poderes
da Imaginação, castrados pelos limites do utilitarismo de uma sociedade
burguesa e superar a contradição entre objetividade e subjetividade,
tentando consagrar uma poética da alucinação, de ampliação da consciência.
Aula 5. A
crítica ao mecanicismo, ao antropocentrismo e ao evolucionismo.
- O Mecanicismo foi uma
forma de pensar que acreditava que o Universo se comporta como uma grande
máquina cujas causas podem ser conhecidas e compreendidas, sendo
inteiramente previsíveis.
- Para o mecanicismo, a
máquina do mundo é uma estrutura grandiosa, e o conhecimento científico é
aquele que pode ser medido, quantificado e decomposto em partes mais
simples, como se fossem pequenas peças de um relógio.
- A concepção de mundo e de
homem contemporâneo estrutura-se a partir de um processo de questionamento
e desconstrução do triunfo da razão.
- A partir do século XIX, o Antropocentrismo,
sustentado na razão humana, foi seriamente abalado pelas novas descobertas
da ciência:
o A teoria heliocêntrica de
Copérnico e Galileu.
o A teoria da evolução das espécies
de Charles Darwin.
o A teoria materialista da história
de Karl Marx.
o Os questionamentos de Nietzsche e
Freud.
·
A grande
questão para se estabelecer uma relação entre a moral e a teoria da evolução,
é, em primeiro lugar, a constatação do homem como uma espécie como outra
qualquer.
·
A
consequência da questão evolucionista é que a ideia de homem como um ser que se
liberta dos instintos e evolui para uma racionalidade e civilização não se
sustenta, uma vez que a cultura não é capaz de romper totalmente com sua base
biológica.
Aula 6. A
crítica da ciência: Popper, Kuhn e a razão instrumental.
- O avanço tecnológico do
século XX fez a ciência deslumbrar muitas pessoas, porém ao mesmo tempo em
que obtinha avanços incríveis, também produzia muitos problemas.
- Duas visões de ciência se
destacaram neste século:
- Karl Popper (Áustria,
1902-1994) – A
ciência era conhecida como uma atividade estritamente indutiva, pois
avança a partir de observações, experiências, hipóteses e generalizações.
Popper questiona essa posição, dizendo que as referências indutivas não
conferem uma necessidade lógica à teoria, propõe a Teoria da
Falseabilidade, segundo a qual uma teoria só pode ser considerada
verdadeira até que ela seja refutável ou falseável.
- Thomas Kuhn (E.U.A.,
1922-1996) –
Com sua obra: “A estrutura das revoluções científicas” (1962) ele propõe
que as grandes revoluções científicas ocorriam por uma evolução de
paradigmas (modelos). As mudanças ocorrem quando um paradigma não consegue
mais dar respostas satisfatórias, ficando saturado; a busca por novas
respostas levam à substituição por novos paradigmas.
- Os grandes paradigmas da
ciência moderna segundo T. Kuhn – Aristóteles/Ptolomeu, Copérnico/Galileu,
Isaac Newton e Albert Einstein.
- A razão instrumental – A racionalidade
instrumental surge quando o sujeito do conhecimento toma a decisão de que
conhecer é dominar e controlar a natureza e os seres humanos. Ao
contrário, a razão crítica questiona os limites e a validade da razão
humana.
Aula 7. O Existencialismo.
- Corrente filosófica surgida na Europa durante a segunda guerra mundial, tem por objetivo estudar a existência humana, o modo de ser do homem no mundo, questionar o valor da vida e da dignidade.
- Nomes:
- S. Kierkegaard (Dinamarca,
1813 – 1855): “O conceito de angústia.”
- M. Heidegger (Alemanha,
1889 – 1976): “Ser e tempo”.
- M.
Merleau-Ponty
(França, 1908 – 1961): “Fenomenologia da percepção”.
- J. Paul Sartre (França, 1905
– 1980): “O ser e o nada”.
- Principais
ideias:
- O ser humano é
finito.
- A vida humana é
sempre problemática. (incerteza quanto às possibilidades).
- Realce aos
aspectos negativos e destrutivos das possibilidades existenciais dos
homens no mundo. (morte, doença, sofrimento, fracasso, loucura,…)
- Jean-Paul Sartre
( França, 1905 – 1980)
- Destaca a
necessidade do ser humano de buscar um sentido para a própria existência.
- Nas coisas, a
existência precede a essência. (ideia que explica).
- Nas pessoas a
existência precede a essência. ( os homens existem, estão aí, para
depois construirem sua essência, seu projeto existencial).
- O ser humano
está condenado a ser livre. ( o exercício da liberdade gera uma
angústia da existência, devido a responsabilidade das pessoas sobre a
própria vida, e a incapacidade de escolher certo dentre as várias
possibilidades).
Nenhum comentário:
Postar um comentário