Aulas 1/2.
O Renascimento e o humanismo.
- Renascimento: Movimento de renovação cultural, racional e científica ocorrido primeiramente na Itália no início do século XIV; inspirado na cultura greco-romana, rejeitava os valores medievais, considerando a Idade média como uma “Idade das trevas”, abolida por um renascimento dos valores da antiguidade clássica.
- Trecento (1300/1399):
o Período
de transição, mudança gradual.
o Literatura
– Dante Alighieri, Petrarca e Bocaccio.
o Obra
marcante – A Divina Comédia (Dante – 1321).
- Quattrocento (1400/1499):
- Período de apogeu,
antropocentrismo.
- Artes plásticas –
Donatello, Botticelli, Masaccio.
- Obra marcante – O
nascimento de Vênus (Botticelli – 1483).
- Cinquecento (1500/1599):
- Período de maturidade,
humanismo.
- Apogeu das artes
plásticas e das teorias políticas..
- Nomes – Da Vinci,
Michelangelo, Rafael, Bruno, Maquiavel.
- Obras marcantes – Mona
Lisa (Da Vinci – 1507), O príncipe (Maquiavel – 1532).
- Comparativo
dos valores medievais e renascentistas:
IDADE MÉDIA RENASCIMENTO
·
Influência cristã.
·
Teocentrismo (Deus).
·
Coletivismo (o rebanho de fieis).
·
Misticismo (Explicações mágicas).
·
Dogmatismo (Verdade absoluta).
·
Ascetismo (Elevação da alma).
·
Escolástica ( A fé controla a
razão).
|
·
Influência clássica greco-romana.
·
Antropocentrismo (O homem).
·
Individualismo (autonomia).
·
Naturalismo (Explicações naturais).
·
Racionalismo (Espírito crítico).
·
Hedonismo (O valor do prazer).
·
Humanismo ( A razão tem o controle).
|
·
Racionalismo - Tudo pode ser explicado
pela ciência e pelo uso da razão, em oposição à crença medieval de que a
verdade só pode ser conhecida pelos ensinamentos da Igreja, baseados na fé e a
religião.
·
Humanismo – Doutrina segundo a
qual o homem é o valor supremo e fonte dos valores, no renascimento designa um
ideal de cultura e de sabedoria livre das limitações impostas pela igreja
Católica.
Aula 3. O
pensamento político de Nicolau Maquiavel (1469-1527).
- Viveu intensamente os
conflitos políticos de sua época, foi chanceler e embaixador de Florença
numa Itália dividida em vários reinos e principados.
- Sua principal obra é “o príncipe” (1513-1516), que
basicamente é um manual sobre como se deve governar as massas.
- Maquiavel parte da política
real de seu tempo, não da ideal, ele prefere escrever sobre como se
faz política real e não como deveria ser um governo ideal.
- Críticas às ideias clássicas:
- Fundamento da política –
Deus, a natureza ou a razão.
- Objetivos da política – O
bem comum e a justiça.
- A boa política se faz com
um príncipe virtuoso.
- Maquiavel era radicalmente
contra a visão tradicional de política e contra as ideias que a
fundamentava.
- Não se pode contar com a
boa vontade do homens, pois todos são egoístas e ambiciosos.
- A política é um fim em si
mesmo.
- Se puder exerça o bem, mas
deve-se saber usar o mal quando necessário.
- O objetivo da política é a
tomada e a manutenção do Poder.
- A política é a lógica da
força (virtú – virtude).
- O príncipe deve fazer-se
temido e, se não for amado, deve evitar ser odiado.
- “Os fins justificam os
meios.” (finalidade principal: a estabilidade política).
- Maquiavel separa política
de ética e direito.
- Sua filosofia expressa a
realidade interna do poder.
- Governar é fazer acreditar.
Aulas 4/5.
O nascimento da ciência moderna.
- A visão de ciência dos
antigos gregos – O
conhecimento estava voltado para a compreensão da totalidade do real, da
vida humana e da natureza, o ensino tinha por objetivo o domínio de si
mesmo e a reflexão sobre as virtudes.
- O período moderno, em
especial a partir do século XV, significou o fim do cosmo fechado grego e
da transcendência medieval, dando lugar a uma nova concepção de homem e de
mundo, a partir da consciência do Cosmo infinito.
- O homem se separa do Cosmo,
que passa a ser visto como objeto, conhecendo a possibilidade de dominá-lo.
- A Revolução científica
é um movimento de ideias que
ocorreu, simultaneamente na Física, na Astronomia e na Biologia, e que vai
provocar uma reviravolta no pensamento filosófico.
- A Epistemologia ou filosofia da ciência investiga os limites,
as possibilidades, as origens e os tipos de
conhecimento científico.
- MÉTODO:
- Palavra
de origem grega, significa “seguir um caminho”.
- Constitui
o conjunto de procedimentos necessários para orientar determinada
atividade ou pesquisa.
- Exemplos:
método dedutivo, método experimental, método indutivista,…
- TEORIAS
CIENTÍFICAS:
- Com
o método, o cientista procura conhecer Leis universais que
expliquem certos fenômenos particulares, o encadeamento dessas leis e de
fatos faz surgir as Teorias científicas.
- Como se elabora uma teoria
científica:
- Primeiramente,
o cientista seleciona um FATO, visto como um PROBLEMA a ser
resolvido. Com a OBSERVAÇÃO dos fatos criam-se HIPÓTESES,
que devem guiar as EXPERIÊNCIAS, essas experiências devem comprovar
ou não as hipóteses, com resultados positivos, o cientista extrai LEIS
necessárias, que ao serem encadeadas formam as TEORIAS científicas.
- O que é uma teoria
científica?
- É
um sistema ordenado e coerente de proposições ou enunciados
baseados em um pequeno nº de princípios, cuja finalidade é descrever,
explicar e prever do modo mais completo possível um conjunto de fenômenos,
oferecendo suas leis necessárias.
- Podemos
citar como exemplos: a teoria da evolução, a teoria do Big bang ou a
teoria da relatividade de Einstein.
- A ciência do século XVII:
- O
desenvolvimento científico do século XVII foi fundamental para a
construção da ciência moderna, pois os pressupostos ali colocados serviram
de base para tudo o que foi feito a partir daí.
- Pressupostos:
- Matematização
da natureza – Explicação de eventos naturais através das
relações matemáticas existentes.
- Adoção
do método experimental – Não confiar
apenas nas teorias, mas fazer experimentos que as comprovem.
- Pensamento
mecanicista – O Universo é considerado uma grande
máquina, aonde todos os seus elementos estão conectados.
- Novos
objetivos - Aa
ciência passa a ter como objetivo ampliar o poder dos homens sobre a
Natureza.
- A
partir do século XVII há uma mudança radical de postura intelectual,
com a adoção dos pressupostos citados, o homem passa a ter poder sobre a
Natureza, fabricando novas verdades.
Aula 6. A
oposição entre o Racionalismo e o Empirismo.
- O RACIONALISMO:
- Doutrina filosófica
inaugurada pelo francês René Descartes (1596-1658), faz do sujeito do conhecimento o fundamento de toda a verdade.
- A Razão é a luz natural
inata que permite o acesso à verdade.
- A verdade é uma
característica das ideias e não das coisas.
- A frase considerada símbolo do Racionalismo é o cogito cartesiano: “Penso, logo existo.” (a primeira verdade é a minha existência enquanto um ser pensante).
- AS IDEIAS INATAS:
- Descartes defende a
existência de “ideias inatas”, que por serem puras (livres dos
sentidos) só podem existir porque já nascemos com elas.
- Exemplos: Infinito, tempo, espaço, Deus, relações matemáticas,.. (intuições intelectuais).
- O EMPIRISMO:
•
Doutrina
filosófica que encontra o seu auge nos séculos XVII e XVIII na Inglaterra com Francis
Bacon, John Locke e David Hume.
•
A Razão,
a verdade e as ideias são adquiridas por nós através da experiência sensível,
antes da experiência, nossa mente é como uma “folha em branco”.
•
A ORIGEM DAS IDEIAS:
•
As sensações
formam a percepção, a associação das percepções formam as ideias.
•
Temos o
hábito de fazer associações; para Hume a
razão é o hábito de associar ideias.
- PROBLEMAS:
•
Do Racionalismo: Se as ideias são inatas, porque mudam? (A razão muda e prova que
certas ideias são falsas.)
•
Do Empirismo: Se as
ciências são apenas hábitos, não possuem objetividade (verdade?), o
conhecimento empírico é uma ilusão. (Impossibilidade do conhecimento objetivo
da realidade).
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