sexta-feira, 25 de março de 2016

Resumo Filosofia 1º médio ETIP (1º trim)

Aula 1. O que é Filosofia?

1.    As evidências do cotidiano:

  • Em nosso cotidiano fazemos muitas ações, estamos sempre agindo, nos comunicando, afirmando, negando, perguntando, avaliando,…

  • Uma simples pergunta ou afirmação contém silenciosamente várias crenças não questionadas por nós, por exemplo:

  • Que horas são? Que dia é hoje?
(acredito que o tempo existe e que pode ser medido).

  • Vejo que o fogo sempre queima o papel.
(acredito em relações de causa e efeito, numa realidade causal).

  • Chamo alguém de mentiroso.
(acredito que verdade é diferente de mentira e que a mentira é uma coisa ruim).

  • Nossa vida cotidiana é toda feita de crenças silenciosas, da aceitação de evidências que nunca questionamos por que nos parecem naturais, óbvias.


2.    A atitude filosófica: crítica e reflexão:

  • Podemos substituir as questões anteriores por outras:

    • O que é o tempo? Existe a eternidade?
    • O que é causa? O que é efeito? Qual a relação entre causa e efeito?
    • O que é a verdade? O que é a mentira?
    • Quais critérios usamos para decidirmos sobre a verdade?


  • Alguém que tomasse essa decisão estaria tomando distância da vida cotidiana e de si mesmo, teria passado a investigar o que são as crenças e os sentimentos que alimentam silenciosamente, nossa existência, estaria começando a adotar uma atitude filosófica.

  • Assim, uma primeira resposta à pergunta “O que é filosofia?” Poderia ser: A decisão de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os valores e os comportamentos, jamais aceitá-los sem antes havê-los investigado e compreendido de modo sistemático, com rigor, coerência e lógica.

  • Concluindo, ter uma atitude filosófica ou crítica é dizer não ao senso comum, aos pré-conceitos, é uma interrogação sobre o que são as coisas e o porquê de tudo.

  • Qual seria a utilidade da filosofia?

    • Abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum, buscando compreender o sentido das criações humanas, sendo conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos.

Extraído de: Chauí, Marilena. Convite à filosofia, Ed. Ática, São Paulo, 1995.


Aula 2. Filosofar é inevitável!

·         A Filosofia surgiu na antiga Grécia, no século VI a.C., seu significado original é:

o   Filo – Aquele que ama.
o   Sofia – Sabedoria.  

·         As crenças e os valores que temos influenciam nossa visão da vida, do homem e do mundo, esta visão torna-se natural, óbvia, inquestionável, sendo considerada uma Verdade.

·         Ter uma atitude filosófica implica em rever nossos conceitos, mas como fazer isso?

·         Perguntando (o que, como, por que, ...), logo, saber perguntar é fundamental!

·         Todos podem ter uma atitude filosófica, afinal as perguntas nunca acabam, o que muda  são as várias formas de respondê-las. 

·         
Questionamentos: 
      - Compreensão da realidade
      - Encontrar uma razão de ser.
      - Solução dos mistérios.
      - O sentido da vida.

REFLEXÃO - - - - - FILOSOFIA  

·     pensamento crítico é a base da filosofia, devemos buscar outros significados além do óbvio, do evidente.

·         Todos os seres humanos são racionais, basta desenvolver o seu potencial e usar a filosofia como base da autonomia.  

·       PROBLEMAS E QUESTÕES
·      POSSIBILIDADES
·     RAZÃO CRÍTICA
·   AUTONOMIA



·    Entende-se a filosofia como análise, reflexão e crítica; ela é a busca do fundamento e do sentido da realidade em suas múltiplas formas. A filosofia não é  ciência, não é religião e nem arte, mas é uma reflexão crítica sobre todas as coisas.

            ·     OBS: Ver textos da apostila Pitágoras páginas: 11, 12 e 13.



Aula 3. Arte e filosofia: sensibilidade e razão.

·        “O artista é aquele que fixa e torna acessível aos demais humanos o espetáculo de que participam sem perceber.” (Merleau-Ponty).

  • ARTE: O prazer estético, efeito na alma, sensibilidade.
  • FILOSOFIA: Racionalidade lógica, conceitos e teorias, entendimento.
  • AMBAS: Reflexão sobre a realidade, mas por óticas diferentes.                              


·        São atividades distintas, porém ambas partem da mesma necessidade, a de dar significados, buscam construir sentidos da vida, da natureza e do ser.

·        A Arte ensina à filosofia os limites e as consequências do pensamento racional.

·        A Filosofia ensina à arte os limites da sensibilidade pura e seus desequilíbrios.

·        A visão do artista transcende e supera o saber do senso comum.

·        O filósofo se preocupa com o sentido das palavras, o artista com sua prática e efeito na alma.

·        OBS: Ver textos da apostila Pitágoras páginas: 13, 14, 17 E 18 e 22 (síntese)



Aula 4. Mito e Filosofia.

  • A Filosofia nasceu de uma reformulação e de uma racionalização das antigas narrativas míticas, transformando-a numa nova explicação. A filosofia rompeu com a atitude de crença nos mitos, porém manteve a ideia de busca da verdade, de explicações sobre o mundo e os homens.

  • Todos os povos possuem mitos: gregos, nórdicos, egípcios, árabes, chineses, indigenas brasileiros; os mitos podem ser entendidos como uma forma de compreensão do mundo pelo imaginário popular.

  • A imaginação mítica explica e aproxima o mundo natural, o mundo sobrenatural e o mundo cultural

  • Mitos: 
    • Crenças que servem de referência para a própria identidade.
    • Não são meras ilusões, mas uma primeira forma de compreensão.
    • Frutos da memória coletiva, base em sentimentos (medo, desejo, paixão).
    • Constroem significados, buscam compreender quem somos.
  • Mito = É uma forma de buscar explicações, geralmente sobrenaturais, de diversos aspectos da realidade, como por exemplo: a origem do mundo e dos povos, as causas dos fenômenos naturais, as soluções de problemas pessoais,…

  • Lenda = É uma narrativa fantasiosa na qual os fatos históricos são distorcidos, transformados pelo tempo e pela imaginação popular.

  • Os mitos e a crença nos deuses e heróis ainda se fazem presentes atualmente, sob novos nomes e formas, mudando de função. Não são mais fonte de explicação da realidade e sim um aspecto específico da tradição cultural.

  • Diferenças entre mito e filosofia:
  • Mito:  
  • Narra como as coisas eram num passado distante.
  • Narra a origem das coisas através do sobrenatural.
  • Não se importa com contradições ou com o incompreensível.
  • A crença no mito vem da autoridade de quem o conta.
  • Filosofia:  
  • Busca explicar como e por que as coisas são como são.
  • Explica a produção natural das coisas.
  • Não admite contradições, exige explicações coerentes e lógicas.
  • A autoridade das ideias vem da razão universal.
 


  • OBS: Ver textos da apostila Pitágoras páginas: 25, 26, 27 e 28.

Aula 5. Cosmogonia, teogonia e cosmologia.

  • Homero: poeta grego que dominou e alimentou o espírito e a imaginação grega durante gerações. Suas principais obras são a Ilíada e a Odisseia.

  • A Ilíada narra o último ano da guerra de Tróia (Ílion), seus principais personagens são: Aquiles, Agamenon, Pátroclo, Ulisses, Ajax (gregos) e Heitor, Príamo, Páris, Enéias (troianos).Todos os personagens representam estereótipos de virtudes ou de vícios.

  • A Odisseia narra o retorno do rei Ulisses (Odisseu) para Ítaca após a guerra de Tróia, Posseidon, o rei dos mares se vinga de Ulisses fazendo-o se perder no mar durante dez anos. A história realça a inevitabilidade do destino, imutável.

  • Estes textos formavam a base da educação grega, tanto da educação oficial, como da vida cultural dos cidadãos comuns.

  • Cosmogonia: Explicações simbólicas e metafóricas sobre as origens do Universo.

  • Teogonia: Explicações mitológicas sobre a origem dos deuses.

  • Cosmologia: Explicações baseadas no uso da razão humana, busca os princípios gerais e universais do Cosmos.

  • OBS: Ver textos da apostila Pitágoras páginas: 28, 29, 30, 31 e 34 (síntese).

Aula 6. O Teatro grego e a Filosofia.

  • O Teatro grego teve início nas festas e nos cultos ao deus Dionísio (deus do vinho, da alegria e da música), os rituais começavam com danças, cantos e pantomimas embalados pela música e pelo vinho.

  • Estes rituais de vertente religiosa deram origem às tragédias e as comédias gregas, musicais religiosos que já possuíam uma representação teatral, contando com a participação de poetas.

  • O Teatro não era apenas uma forma de lazer, ele tinha uma função estética e pedagógica, era uma forma de conhecimento, um ócio criativo. Fazia parte da formação do homem como pessoa e como cidadão, exigindo dos participantes um esforço de análise e de organização racional dos problemas humanos apresentados, unindo poesia, música e dança.

  • As tragédias gregas tinham como pano de fundo o homem dividido entre si mesmo e um destino que se abate sobre ele.

  • Principais características das tragédias:

    • A relação entre os seres humanos e os deuses. (tradições míticas).
    • O choque entre o caráter e o destino. (consciência da ambiguidade).
    • Acontecimentos aterrorizantes. (clima trágico, uma situação-limite).
    • Oposições temáticas: poder, saber e querer.(tensão trágica).

  • A reflexão do público gira em torno de destino infeliz do herói, seu sofrimento levam o espectador a refletir a tradição, sua vida, suas limitações e fraquezas.

  • A função da tragédia era produzir uma “catarse”, definida como purificação dos sentimentos de terror e compaixão, das emoções do público diante das paixões humanas representadas no palco. Ao se identificar na cena, o espectador se projeta nos personagens, experimentando emoções que o levam a libertação dos seus próprios sentimentos e tristezas.

  •  Aristóteles chamava a tragédia de “remédio da alma”.

  • Ao contrario, a comédia, com suas críticas e seu deboche dos valores sociais, oferecia gargalhadas para amenizar a insegurança e os temores do povo.

  • O teatro e a poesia mostravam à sociedade grega os valores essenciais, os jovens eram educados dentro desses padrões.

  • OBS: Ver textos da apostila Pitágoras páginas: 37 a 44 e 48 (síntese).






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